sexta-feira, janeiro 30, 2004

O CASAMENTO DOS MEUS SONHOS

Meu primo Carlos é meu modelo para várias coisas. Não apenas por ser batalhador, ter começado do nada e ter, hoje em dia, uma vida muito confortável, mas pela sua persistência. Desde o primeiro carnaval em que ele, carioca, foi a Cabo Frio passar uns dias na casa de meus avós, ele sempre soube que a minha prima Fernanda era a mulher da sua vida. Depois de muito vai-e-vem, da distância entre Rio e Cabo Frio e uma série de encontros e desencontros, 20 anos depois, Carlos e Nanda começaram a namorar. Já estão juntos há 6 anos (3 de namoro + 3 de casamento).

Mas, como nada é fácil, quem sofreu com o casamento foi minha prima. Por uma questão de comodidade, com uma certa antecedência tudo foi preparado para o casamento: aluguel do salão, contrato com buffet e decoradores e acertos do vestido com uma conhecida costureira de Cabo Frio. Tão conhecida que trabalho nunca faltava para a mulher.

Justamente por esse excesso de trabalho, depois de enrolar a minha prima por mais de 4 meses apenas tirando medidas e ajustando um ou outro detalhe (como, por exemplo, a anágua do vestido), a costureira desistiu de fazer o vestido, prometeu reembolsar minha prima e lhe entregou o pouco que já havia feito... A MENOS DE DOIS MESES DO CASAMENTO! Foi algo meio que desesperador para a família inteira, né? O sofrimento de um era o sofrimento de todos! Provavelmente, minha prima pensou: "isso só acontece comigo"! Se bem que, com o histórico familiar de azares, algo nesse nível não deveria surpreender ninguém...

Depois de várias hipóteses terem sido cogitadas (podíamos até escrever um livro: "500 maneiras de encontrar um vestido de noiva um mês antes do casamento"), minha sábia mãe lembrou de uma senhora - dona de uma loja de roupas para mulheres "gordinhas" - que era costureira e, muitos anos atrás, fazia vestidos de noiva. Por causa da situação constrangedora da minha prima e pela consideração que a costureira tem por minha mãe, ela aceitou o desafio de fazer um vestido de noiva em um mês.

O melhor de tudo é que, no dia do casamento (marcado pras 11h), às 7h da manhã a minha prima foi fazer a última prova do vestido, feito pela senhorinha e sua filha (que veio a Cabo Frio a pedido da mãe só pra ajudar fazer esse vestido). De última hora, acharam um par de luvas looooongas que combinavam muito bem com o desenho da roupa. E, graças a Deus, depois de muito penar, tudo deu certo! Mas a saga do vestido de Nanda com certeza entrou para a história e o folclore familiar...

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