sexta-feira, abril 23, 2004

ONIBUSFOBIA - parte 10

Dando prosseguimento à série de posts sobre ônibus e afins, temos hoje mais uma história da "rainha das bizarrices no coletivo", a Polly:

"Nossa... do jeito que eu sou azarada vou querer participação vitalícia nesse blog.

Vinha eu no meu odiado 770-D (Itaipú - Castelo), indo para casa. Pra quem não sabe, deixa eu dar uma pequena amostra do trajeto do buzú: ele sai do Menezes Cortes, pega o mergulhão, vira na Pres. Vargas e segue direto até o viaduto que leva a ponte. Antes de subir o viaduto, tem um último ponto de ônibus, que é basicamente pra quem vem dos lados da Rod. Novo Rio. Eu estava sentada e o meu banco era o único que ainda tinha um lugar vazio. Foi quando entrou um rapazola e sentou do meu lado. Um desses rapazolas comuns e mal vestidos. Eu com meu walkman no ouvido, percebo que o tal rapazola está escancaradamente me observando. Ele não tinha a sensatez de disfarçar. Ele estava olhando para minha cara. Pensei com meus botões "Ou ele está me achando bonita ou quer me assaltar". Eu sentada no canto, com meu mochilão e a criatura mal encarada olhando pra minha cara...
Numa reação impensada, resolvi perguntar:


Polly: - Você me conhece?

Ele assustado com a minha intervenção:
Cara-do-ônibus: - Eu? Anhnn... não.
Polly: - Então por que você está olhando pra mim?
Cara-do-ônibus: - Err.. porque eu te achei bonita!

E eu fiquei com a cara no chão.
Mas nunca se sabe, né? Ele pode ter mudado de idéia ao ver que eu o coloquei contra a parede. De qualquer maneira, como eu nessa época usava o jaleco do CEFET pra não pagar passagem, meti uma de que meu nome era Patrícia, eu tinha 17 anos e fazia informática no CEFET quando ele começou a perguntar sobre mim. No fim ele quis marcar até encontro. Porque claro, isso só acontece comigo
"!

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