quinta-feira, junho 26, 2008

OS DENTES FALSOS DE GEORGE WASHINGTON





Então... meu pai andou hospitalizado no decorrer desse mês. A coisa ficou meio feia, ele teve que vir de Cabo Frio para aqui pro Rio de Janeiro, para ser internado e tals. E, é claro, veio uma 'entourage' para ficar com ele no hospital, pois ele precisava de acaompanhante(s). E, assim, acabei passando algumas (V-Á-R-I-A-S) noites com ele (não-)dormindo no hospital.

Assim, nesse momento de trevas no campo familiar, eu, meus irmãos e minhna madrasta fazíamos companhia a papai, em horários escalonados. E cada um de nós, em seu 'turno' era responsável pela higiene íntima&pessoal do velhote safado, que ia desde dar banho até a simples limpeza de sua dentadura.

Na segunda vez que fui dar uma boa escovada na dentadura dele, percebi que havia algo de diferente: ELA TINHA SIDO GRAMPEADA! Sim, havia um grampo, desses que fixamos em folhas de papel com um grampeador, bem no centro da parte da dentadura que fica no palato.

O mais bizarro foi que, quando perguntei a papai - gargalhando horrores - o porque desse grampo, ele me disse que foi um conserto provisório da dentadura, EXECUTADO PELO PRÓPRIO DENTISTA! Isso só acontece comigo: ter um pai com uma dentadura grampeada!

quinta-feira, junho 19, 2008

NOITE SEM FIM





Eu sou um muito apaixonado por livros da Agatha Christie.
O primeiro livro dela que parou em minhas mãos foi "O caso dos 10 negrinhos". A Tissa me emprestou, eu levei pra Cabo Frio mas nem dei muita bola, pois estava terminando de ler outro livro. Mamãe viu esse livro e pegou pra ler, porque gostava das obras da Dame Agatha. E ficou me perturbando na semana seguinte para (1) ler o tal livro e (2) conseguir outros exemplares pra ela poder ler.

A história de "O caso dos 10 negrinhos" é muito boa, muito bem desenvolvida, com um final beeeeeeeem surpreendente! Não é a toa que esse é um dos meus preferidos.

Comecei a ler esse livro pra passar o tempo, enquanto os convidados do aniversário do meu irmão Daniel não chegavam para a festa... e simplesmente não consegui parar! Fiquei lendo durante toda a festa, como um pária que, volta-e-meia, era alimentado pela mãe com algumas guloseimas... Juro que, se tivesse pizza no aniversário, era o que me serviriam, por debaixo da porta, como se eu fosse um leproso ou um emo (embora esse conceito não existisse na época).

Fiquei tão empolgado que nem consegui dormir, mesmo depois de ter terminado de ler... isso só acontece comigo!

Mas o pior aconteceu com a Tissa, na época em que leu esse mesmo livro. A pobre coitada estava deitada na rede, na casa de praia dos avós, altas horas da madrugada, empolgadaça com o livro. No momento ápice do livro, a tensão comendo os nervos da querida Tissa, CAIU UMA LAGARTIXA NO BRAÇO DELA! Imaginem o escândalo...

segunda-feira, junho 09, 2008

ENQUANTO O MUNDO PEGA FOGO





Eu adoro quando tenho uma boa contribuição do povo do meu trabalho.
São sempre histórias muito divertidas e/ou toscas!
E esse caso não é diferente...

Dia desses, o Chátio estava me contando seu drama.
Ele teve um problema de saúde parecido com o meu, que requeria repouso absoluto por alguns dias.
E por repouso absoluto entende-se que a pessoa não pode fazer esforços, deve se levantar da cama o mínimo possível, andar pouco, não pode carregar peso etc.
Até porque, por ser um problema numa região próxima à virilha - é na perna, gente! - a pessoa fica muito limitada em seus movimentos, qualquer coisinha dói pra caramba!

Daí, num dos dias de repouso, o Chátio estava estirado na cama, quando sentiu um cheiro de coisa queimando.
Como ele sabia que não tinha posto nada para esquentar no fogão, achou estranho e foi verificar.
Ao se levantar e caminhar pelo apartamento, percebeu que estava vindo uma fumaça preta de algum lugar.
E, logo em seguida, soou o alarme de incêndio!

Obviamente, o cara entrou em pânico!
Em alguns segundos, com os movimentos limitados e cheio de dor, botou a filha debaixo de um braço, o cachorro debaixo do outro, abriu as portas e topou com uma fumaceira preta no corredor.
E corre que corre - que nem um pato! - pra descer a escada - que nem um pinguim!

Agora vocês imaginem bem a situação: O CARA DESCEU NOVE ANDARES - MAIS GARAGEM, PLAY E SOBRELOJA - DE ESCADA, CARREGANDO UMA CRIANÇA E UM CACHORRO, NUMA FUMACEIRA FODIDA... E, O PIOR, CONVALESCENDO DE UMA DOENÇA QUE TE DEIXA TODO DOLORIDO!

É claro que, durante todos os momentos, o Chátio ficava pensando: "isso só acontece comigo"!
E, na boa, deve ser só com ele mesmo... :P

terça-feira, junho 03, 2008

HARSH REALM





No aniversário de minha querida amiga que ama os sapinhos, fui a Cabo Frio no intuito de matar as saudades e me divertir com essa criatura à noite, nas comemorações. Só que tudo que vi, na verdade, foram azulejos brancos.

Na verdade, tudo começou quando pisei em Cabo Frio, naquela tarde calorenta. Tinha combinado que, assim que eu fizesse o trajeto da rodoviária até minha casa, ia largar minhas tralhas por lá e rumaria para o centro da cidade, para encontrar minha mãe e minha cunhada, pois cometi a insanidade de me oferecer para ajudá-las nas compras do enxoval da minha sobrinha que estava para nascer.

Na pressa, decidi que iria comer na rua, quando as encontrasse. Mas, para não digerir meu próprio estômago de tanta fome, resolvi tomar um suco de uva em casa. Só tinha uma garrafa de água na geladeira, com cerca de 400 ml. Peguei a garrafa, o suco concentrado, fiz a mistura, mandei um gole pra dentro e... estava horrível!!

Coloquei açúcar, mais água, pinguei mel, dei três pulinhos, mas o gosto não melhorava. Tomei o restinho do suco em sofrimento, só pra não morrer de fome e fui pro centro.

Cerca de 3 horas (uma coxinha, um pastel de queijo e uma coca-cola) depois, parecia que um alien ia sair do meu ventre, tamanha a revolução e barulheira lá dentro! E eu tentando descobrir o que eu tinha comido no dia anterior pra me revivar as vísceras daquela forma... fiquei, é claro, achando que era culpa do tal suco de uva, que devia estar estragado!

Quando cheguei em casa, descobri que, realmente, a diarréia é mais rápida que a velocidade da luz, pois eu entrei no banheiro tão rápido que me aliviei no escuro mesmo. E lá fiquei, passando mal pencas!

Só depois de 1 hora entre idas e vindas do banheiro é que se fez a luz: mamãe toma um remédio para a pressão, cuja base é cloreto de magnésio. Alivia os sintomas de pressão alta, faz bem pra pele e solta bem o intestino. É um pó que ela dissolve em água e, todas as manhãs, ela tem que tomar duas colheres de sopa. Daí, a espertona guarda essa bodega numa garrafa de vidro. Na geladeira. SEM ETIQUETA! E eu, é claro, não sabia disso.

E, não sabendo desse detalhe, ADIVINHEM QUAL ERA TAL 'ÚNICA GARRAFA COM ÁGUA' QUE EU PEGUEI NA GELADEIRA PARA FAZER SUCO? A própria garrafa sem rótulo com o remédio dissolvido, da qual eu bebi cerca de 250 ml e cuja posologia era de DUAS COLHERES DE SOPA AO DIA! Óbvio que o resultado seria um duro reinado no trono de louça! Isso só acontece comigo!

Acabei não tendo condições de festejar com a Mari. E o pior: sabem a que horas eu fui dormir naquele dia? QUATRO HORAs DA MADRUGADA, MERMÃO!

Teve um dado momento em que eu pensei seriamente em levar livro e óculos pra ir ao banheiro. Depois, fiquei lamentando não ter um laptop com acesso à internet...