domingo, dezembro 21, 2008

HARD CANDY
parte 01






Nas vésperas do Natal, resolvi contar minha saga pra conseguir ingressos pro show da Madonna. Quando foi anunciada a possibilidade de um show da diva no Brasil, comecei a juntar dinheiro, porque resolvi ir, nem que fosse no meio do Amapá! Confirmado o show para o dia 14/12, no Rio, fiquei acompanhando diariamente os esquemas de vendagens, os preços salgados etc.

Daí, fiquei sabendo que o pessoal assinante da Icon ia ter privilégio nas vendas dos ingressos, ou seja, os ingressos seriam disponibilizados para eles duas semanas antes. Fiquei puto, tentei achar alguim assinante da Icon, para suborná-lo, mas foi em vão. Me rendi à central telefônica da TimeForFun, a empresa resoponsável pelos ingressos. Devo dizer que comprar com eles foi, na verdade TimeForNOTfun: só estresse, desentendimento e desorganização. Fiquei horas pendurado no telefone e na internet, mas não consegui comprar nem uma mariola, que dirá um ingresso pro show da Madonna. O mesmo ocorreu quando fui tentar comprar ingresso pros shows agendados para São Paulo (18 e 20/12).

Eu já havia desistido de ir, quando uma amiga da Lelê me ofereceu o ingresso do namorado dela, que desistiu de ir. Topei na hora. Mais vale ver Madonna na pista lotada, sendo pisado e acotovelado, do que não ver, né? Foi só eu pagar o ingresso à menina que a Madonna abriu mais duas datas de show no Brasil.

Dessa vez, eu pensei que valeria a pena ficar endividado e fui pra fila do ingresso no Maracanã, com a minha amiga (e professora de madonnologia) Sabrina, para tentar conseguir um ingresso VIP. Passamos 32 horas acampados na fila, conhecemos um monte de gente, demos entrevistas, ganhei uma marca de sol no formato da minha camiseta (que perdurou por semanas no meu corpo) para, aos 7 minutos de venda de ingressos, descobrirmos que (1) os ingressos VIPs haviam acabado, especialmente porque (2) boa parte deles foi comprada por telefone e/ou destinada para distribuição para famosos etc. Eu diria que isso só acontece comigo, não fosse pela quantidade enorme de pessoas tão decepcionadas quanto eu, na fila do ingresso.

Acabei comprando um ingresso para as cadeiras centrais: não ia ficar perto do palco, mas já daria pra distinguir os traços da Madonna. Logo depois, a empresa TimeFor(NOT)Fun contactou a Sabrina e confirmou a compra que ela havia feito para a pista VIP de Sampa. E eu fiquei com vários abacaxis: tinha meu ingresso de pista do dia 14 para vender, tinha o ingresso de cadeira da Sabrina do dia 15 para vender e, pra piorar, tinha que retirar o ingresso VIP da Sabrina na Renner do Rio Sul.

Cheguei na loja no 4º dia de atendimento. A fila estava pequena, eu calculei que levaria 20 minutos no total para ser atendido e sair com o ingresso na mão. Era o que estava acontecendo com todo mundo, mas, é claro, comigo tinha que tudo dar errado: os ingressos de São Paulo estavam dando problema de impressão, tive que esperar, explicar minha situação 300 vezes, ficava indo ao guichê de 5 em 5 minutos, para ver se já haviam resolvido o problema com a central, depois deu problema com a identificação da Sabrina, em seguida o ingresso dela constava como já retirado. Enfim, o que era pra durar 20 minutos, me prendeu na Renner por 1h30. E ainda passei a maior vergonha porque, toda vez que eu tinha que levantar pra resolver o problema do ingresso, o pessoal do guichê gritava o nome do dono do ingresso: era bizarro o olhar das pessoas ao me ver correr esbaforido falando 'aqui, aqui' quando chamavam a 'dona Sabrina'. Definitivamente, ISSO só acontece comigo!

quinta-feira, dezembro 11, 2008

EQUILÍBRIO DISTANTE





O bom de ser uma pessoa (psico)analisada é ter bom senso pra rir de si mesmo, rir das agruras da vida, tropeçar e seguir em frente, literalmente ou não.

Mas o melhor é quando você prova pro seu terapeuta que, quando você diz de certas coisas que 'isso só acontece comigo', você está com a razão!

Na semana passada, após uma consulta suuuuuuuuuper tranqüila, estávamos saindo do consultório e conversando, quando meu terapeuta me disse que estava impressionado com o quanto eu estava cada vez melhor e melhor e melhor...

... mas foi só eu falar pro psicólogo que eu me sentia mais seguro e equilibrado que, logo em seguida, CAÍ DA ESCADA, NA FRENTE DELE!


E viva a ironia da vida!

quinta-feira, dezembro 04, 2008

MIGRATE





E já que eu falei em pombos, essas pragas são onipresentes.
Estão em tudo que é lugar.
Você tá correndo pro trabalho e tá lá um pombo xexelento no teu caminho.
Teu irmão te dá carona pra rodoviária, e tá lá um pombo quase sendo atropelado.
Você tá andando na rua e tá lá um pombo que morreu eletrocutado.
Vai ao supermercado e desvia das toneladas de cocô de pombo que caem das árvores do estacionamento - que são verdadeiros pombais!
Daqui a pouco, até no caixa eletrônico vai ter pombo!!

Mas o lugar mais bizarro onde já encontrei um pombo foi... DENTRO DO METRÔ DO ESTÁCIO!
Calma, ele não estava dentro do vagão.
Mas estava dentro da estação, que é um local FECHADO E SUBTERRÂNEO!
Isso só acontece comigo...

A minha questão é: os pombos vêm da zona norte, de metrô? É migração para o sul?

segunda-feira, novembro 24, 2008

MANCADA





Dia desses, estava eu em Cabo Frio, na praia, com meus irmãos. Por mais que eu estivesse no bagaço puro, era impossível tirar qualquer cochilo na praia com os dois falando besteira non-stop! E eu, é claro, participando ativamente do processo de xoxação alheio!

Num dado momento, a gente estava falando mal do povo de Arraial do Cabo e sua relação com as aves locais - reza a lenda que o povo de lá é tão besta que ficam na orla vaiando as gaivotas que mergulham no mar e voltam sem pegar peixe - quando vimos um grupo de pombos. E esse ódio aos pombos que eu tenho deve ser genético, porque meus irmãos também detestam esse bicho xexelento.

Mas o fator engraçado - me deu até pena - e que nos fez ter crises homéricas de riso foi quando nos demos conta que, no grupo dessas aves nojentas TINHA UM POMBO MANCO! É sério, o bicho não 'ciscava', só ficava bicando as coisas do chão, porque uma das patas era defeituosa. E quando ele ia andar de um lado para o outro, à procura de migalhas de comida fáceis de bicar no chão, ele ficava naquele 'tá-raso-tá-fundo', mancando. Tragicômico!

Levanta a mão aê quem já viu um pombo-manco!
Como eu suspeitava, isso só acontece comigo (ou com a minha família)...

quarta-feira, novembro 12, 2008

VIRADINHA





E, é claro, que eu não podia ter machucado só um pé!
Tinha que machucar OS DOIS!

Como pessoa estabanada que sou, estou maxi-acostumado a virar o pé.
Dia desses, inclusive, virei o pé correndo atrás de um ônibus.

Mas nunca me aconteceu de, estando com um pé machucado, acabar machucando o outro.
E de uma maneira tão idiota - em ambos os casos.

Dessa vez, eu estava parado, no hall dos elevadores do meu trabalho.
Quando o elevador chegou, saiu uma enxurrada de pessoas de dentro dele - sério, não sei como coube tanta gente naquela caixinha quadrada - e eu, pra desviar dessa avalanche de gente, me virei pra proteger o pé machucado e... VIREI O PÉ SAUDÁVEL, DE UMA FORMA TÃO BRUCAS QUE ATÉ CAÍ! Por (quase) sorte, me escorei na parede e não tombei no chão como uma jaca madura, mas levantei gritando: "putz, isso só acontece comigo"!

Pior que a dor, só o olhar de epsanto das pessoas!

terça-feira, novembro 04, 2008

DOENTE DO PÉ





Ninguém pode deter a marcha do tempo: o avanço da idade é inxorável!
E eu, é claro, ando sentindo os efeitos da idade chegando!
Tá certo que me sinto melhor agora, na era de Balzac, do que quando tinha 20 anos...
Mas o corpo tem limites, e os meus estão se tornando bem claros!

Dias desses, fui visitar umas amigas em Niterói.
Ao retornar pra casa, depois de 40 minutos de espera pelo ônibus, consegui entrar num frescão.
E fiz a festa: escolhi uma boa cadeira, deixei-a beeeeeeeeem reclinada, fechei as cortinas e comecei a me entregar a um bom cochilo durante os próximo 35 minutos de viagem...

... até que o ônibus, ao passar rapidamente por uma lombada, deu um pequeno pulo, suficiente para retirar o meu pé a 5cm do chão e, COM O IMPACTO DO RETORNO, ME CAUSAR UM LEVE ENTORSE NO PEITO DO PÉ! Isso só acontece comigo...

segunda-feira, outubro 27, 2008

MONEY FOR NOTHING





Há pouco tempo, na véspera do primeiro turno da eleição (no sábado, 04/10), me programei pra ir ao Shopping Rio Sul retirar o ingresso do show da Madonna para a minha amiga SaL. A retirada do ingresso é um caso a parte, depois contarei toda a saga.

Como eu iria viajar pra Cabo Frio logo logo em seguida, deixei tudo arrumado para, do Rio Sul, rumar pra rodoviária. Eu iria passar apenas dos dois na minha terra, coloquei pouca coisa na mochila. Daí sobrou espaço (e braços) para carregar um bando de tralha (roupas e calçados), que eu resolvi levar pra Cabo Frio, pra deixar na caixa de donativos da Igreja - costume antigo em minha família.

Assim, depois de poucos minutos no ponto, entrei no ônibus pro Rio Sul e, quando fui passar na roleta, NÃO ACHEI MINHA CARTEIRA. Procurei nos bolsos, na mochila, nas sacolas e nada.

Por fim, desci 3 pontos depois da minha casa, tive que voltar andando, cheio de tralhas, para me deparar com a carteira toda pimpona em cima da mesa da sala. Isso só acontece comigo!

segunda-feira, outubro 20, 2008

NO ELEVADOR





O elevador social do meu prédio anda com problemas...
Aqui em casa, todos já ficaram presos nele.

E, é claro, ele só me prende quando tô atrasado ou com pressa.
E não podia ser diferente quando, no último dia 03/10, a porta não abriu no térreo.

Normalmente, quando isso acontece, basta subir de volta pro meu andar, que a porta se abre e eu troco de elevador. Só que eu subi E A PORTA NÃO ABRIU. Na verdade, ELA NÃO ABRIU EM NENHUM ANDAR! Isso só acontece comigo!

Achei que ia ter que ficar passeando de elevador até ser solto, quando finalmente desci de novo pro térreo e consegui sair.

sábado, outubro 11, 2008

LIFE IN PLASTIC





A idade vai avançando e, é claro, a gente vai ficando mais desastrado, mais estabanado.
A gente, na verdade, sou eu...

Dia desses, estava em casa, guardando umas louças e uns potes.
Após todo u trabalho arquitetônico de empilhar potes na parte mais alta do armário da cozinha, vi que precisaria retirar a tábua de cortar de lá do topo, já que ela foi parar lá em cima por engano meu.

Subi na pia, meio ajoelhado e comecei a puxar a tábua com a mão direita, enquanto escorava a montanha de potes plásticos em cima dela com a mão esquerda.

Quando finalmente retirei a tábua sem grandes danos, rspirei aliviado e, nisso, esbarrei com a tábua em outra pilha de utilidades domésticas, CAUSANDA UMA CHUVA DE POTES PLÁSTICOS EM CIMA DE MIM. Larguei a tábua, protegi meu rosto e até CAÍ DA PIA! Só não digo que não me machuquei porque o pote cretino me acertou o peito com a parte dura e bicuda de sua tampa e deixou um lindo hematoma (mas roxa tá na moda)... isso só acontece comigo!

segunda-feira, setembro 29, 2008

A CANÇÃO TOCOU NA HORA ERRADA





O que pensar quando se acorda num sábado, depois de uma noitada pesada, às 8h da matina, com o som alto vindo do vizinho?
Claro que a resposta é "isso só acontece comigo"!
E, obviamente, a canção não era nada agradável: "si tú eres mi hombre / y yó tu mujer / donde quiera que estés amor / contigo yo estaré"...
Agradabilíssima versão em ESPANHOL do sucesso "The power of love" (cantado por Cèline Dion), que os brasileiros conhecem desde a novela "Mandala" na voz de Rosana com a seguinte letra: "como uma deusa / você me mantém / e as coisas que você me diz / me levam além".
Dá pra não achar que o sábado iria ser longo?

segunda-feira, setembro 22, 2008

TOOTSIE





Quando eu acho que nada é capaz de me surpreender nessa vida, a estranheza e bizarrice das pessoas a minha volta me dá uma porrada!

Tudo começou quando minha máquina de lavar quebrou. De vez! Daí, após uns orçamentos muito absurdos para conserto, decidimos comprar uma máquina nova. E, nessa ficamos três semanas sem máquina em casa.

Como cada um se vira como pode nessa vida, estava contando com a caridade e aboa-vontade de duas amigas, lavando roupa na casa delas.

E, numa dessas, andando pelas ruas de Botafogo, rumo à casa de uma delas, com minha sacolinha de roupa sujas (mais sabão e amaciante), topei com uma visão apocalíptica: UMA TRAVESTI MENDIGA!

De início, achei que fosse só uma mulher com uma maquiagem over. À medida que fui chegando mais perto, pensei que fosse uma mendiga muito feia. Depois, de perto percebi que a mendiga, na verdade, era uma travesti!

Era uma coisa de se admirar: morena, suja, com uma maquiagem pesada, muito batom nos lábios, os cabelos louros e duros repartidos e separados por duas xuquinhas, uma blusa de lurex e uma saia jeans surrada. E peitinhos de jornal! Ela carregava seus pertences e ganhos numa sacola plástica: mas como ela é chique, a sacola era preta, dessas de lixo, de 10l.

Só eu mesmo pra morar num bairro que tem uma TRAVESTI-MENDIGA! E, o pior, super-fashion, visual over! Porque já não basta ser discriminada por ser trava, a pobre também tem que ser marginalizada por ser pedinte! Definitivamente, isso só acontece comigo!

Ó-BÊ-ÉSSE:
Essa da foto não é a travesti-mendiga, ok?!
Tentei tirar fotos dela, mas não conseguie desisti.
Daí, catei uma foto da Suzy Brasil, uma drag queen muito engraçada...

segunda-feira, setembro 15, 2008

O CLONE





Dia desses, recebi um torpedo de uma paquera, dizendo que passei por ela e nem dei atenção.
Liguei, todo cheio de remorsos, pedindo desculpas pela falta de atenção.
Ela, é claro, se fez de ressentida, dizendo que eu havia esquecido dela muito rápido...
Pra não ficar um clima chato, comecei a brincar com ela, perguntando o que ela estava fazendo na Tijuca.
Ela estranhou a pergunta, porque me viu andando em Copacabana, de blusa verde.
Passou de carro, buzinou e eu não respondi.
E eu, nessa mesma hora, ESTAVA ANDANDO PELO SHOPPING TIJUCA, DE AMARELO!
Como é uma impossibilidade física estar em dois lugares ao mesmo tempo, eu devo ter um clone... E, é claro, tomei esporro a toa! Isso só acontece comigo!

quinta-feira, setembro 04, 2008

O TEU CABELO NÃO NEGA, MULATA!





Essa é fresquinha, aconteceu ontem à noite. Estava com uma galërë de Cabo Frio na Drinkeria Maldita. Num dado momento da noite, a conversa começou a girar em torno de um certo candidato a prefeito que, careca desde que o mundo é mundo, há cerca de um ano fez um implante capilar mal-sucedido e está usando uma peruquinha ridícula.

De repente, entre uma gargalhada e outra, milhares de comentários maldosos sobre a imagem do tal candidato, um homem grisalho, sentado na mesa ao lado, se vira na nossa direção e pergunta se estávamos falando desse candidato. Após outras gargalhadas por causa da pergunta, assenti. E o grisalhão simplesmente diz que ele É UM DOS RESPONSÁVEIS PELA CAMPANHA DE MARKETING DO CARA!

Constrangimento geral, até o grisalhão admitir que odeia a peruquinha ridícula tanto quanto nós! Isso só acontece comigo!

sexta-feira, agosto 29, 2008

RISO E MELANCOLIA





Você sabe que é uma pessoa idiota quando, num concerto da Orquestra Sinfônica Brasileira, no Theatro Municipal, ao ser anunciado que será executado 'O Guarani' (de Carlos Gomes, 100% brazuca), VOCÊ RI ALTO E SOZINHO PORQUE SABE QUE ESSA É A MÚSICA DE ABERTURA DE 'A VOZ DO BRASIL' NO RÁDIO...

... porque eu tava jurando que outras pessoas iriam achar isso tão engraçado quanto eu, e ri a valer!! O povo ao meu lado - todo mundo esnobe, metido a fino e entendido de música clássica - ficou me olhando feio e eu queria esconder minha cara dentro do saquinho de pipoca.

E o pior: quando a música efetivamente começou, um monte de gente riu... Isso só acontece comigo!


Ó-BÊ-ÉSSE:
O trabalho da OSB está mesmo FAN-TÁR-DE-GO! Vão conferir! NOW!

sexta-feira, agosto 22, 2008

TIRO AO POMBO





Vocês sabiam que 'tiro ao pombo' é um esporte olímpico?
Pena que não se matam pombos de verdade: os tiros se destinam àqueles pratos bizarros de argila..
Mas deviam atirar nesses pombos de rua, até porque eles são verdadeiros 'ratos de asas'.

De acordo com a wikipedia, essa ave "é considerada um grave problema ambiental, pois compete por alimento com as espécies nativas, danifica monumentos com suas fezes e pode transmitir doenças ao homem. Até recentemente 57 doenças eram catalogadas como transmitidas pelos pombos, tais como histoplasmose, salmonella, criptococose".

Além de ser um vetor de doenças, o pombo é um troço tão inútil que não serve nem pra enfeitar e mal serve pra comer!
E eles cagam na sua cabeça.!
Ou na sua roupa!
Ou ainda em documentos importantes!

E eu, é claro, não poderia escapar dessa praga, né? Na semana passada, levantei mais cedo para resolver alguns assuntos na rua, pretendendo não me atrasar muito para o trabalho. Passei hoooooooooras andando pra cima e pra baixo e até tomei vacina contra rubéola. Quando estava chegando no trabalho, a 5 passos da porta de entrada, VEM AQUELA DESCARGA ATÔMICA DE MERDA DESPEJADA POR UM POMBO IDIOTA BEM NO MEIO DA MINHA CABEÇA! E aí? Como fäs?

Por sorte, dentro da minha empresa, tem um pequeno salão de beleza. Lá, depois de contar esse fato banal da vida cotidiana, a cabeleireira se compadeceu de mim - depois de 15 minutos de gargalhadas histéricas - e, com um chuveirinho, um bom xampu e uma toalha, ela lavou e secou meu cabelo. De grátis!

O pior é que nem posso falar que isso só acontece comigo, porque já vi várias pessoas se sujarem feio por conta de cocô de pombo...

quarta-feira, agosto 13, 2008

COMPUTADOR SENTIMENTAL





Meu chefe, no auge de sua magnitude e sapiência, resolveu me colocar pra fazer treinamento interno, numa ferramenta relativamente nova, que vai ajudar a gente lá no trabalho.

Para mim, treinamento interno é uma espécie de sinônimo de pé-no-saco: nunca me mandam estudar nada legal, boa parte dos cursos que fiz não era diretamente aplicável e/ou aproveitável pro serviço que realizo, o material não é bom, os instrutores não têm didática (porque são funcionários da própria empresa, que detém o saber mas não sabem transmiti-lo). A única coisa que costuma valer a pena é o coffee break.

Daí que, como eu sou essa pessoa cheia de (má) sorte, fui triplamente premiado. No primeiro dia, sentei do lado do meu amigo Atadolfo. Como eu sei que ele entendia bastante do assunto em questão, quis aproveitar ao máximo tudo de 'instrução' que eu pudesse conseguir com ele. Só que o nível do curso estava tão básico que o Atadolfo estava enfadado. O instrutor percebeu isso e achou que meu amigo - que tava me ajudando MUITO a entender as coisas - estava desinteressado, não estava trabalhando e me 'separou' dele, para que eu não me prejudicasse. Ó, pai, ó!

No segundo dia, já sem o Atadolfo presente, sentei solitário de frente para um computador... que não funcionava! Aquela coisa de simplesmente não ligar, nem dando uns tapinhas na 'lataria' ou rezando pra Jesus iluminar o pobre dispositivo. Fui instalado ao lado de duas mocinhas muito chatas...

Por fim, hoje, na terceira aula, bem no meio do curso, depois de muuuuuuita teoria chatinha, iríamos praticar. Tomei o cuidado de sentar de frente pra um computador funcional e fui mandar bronca! Liguei a máquina, coloquei login, senha, cpf, nome de solteiro da mãe, tudo o que o computador pedia! Deu tudo certo... até eu resolver abrir o tal programa... O PROGRAMA SIMPLESMENTE NÃO TINHA SIDO INSTALADO NAQUELA MÁQUINA!

Como a instalação era demorada, o instrutor a executou em alguns intervalos e eu, é claro, fui deslocado para outro computador... isso só acontece comigo!

Pelo menos, não fiquei com as duas chatinhas de novo - sentei do lado das malucas-beleza!

terça-feira, agosto 05, 2008

TRUE COLORS



Acho que as manchas de cores me perseguem, né?

Primeiro, passei o enterro todo da minha tia com o nariz e partes ao redor dos olhos manchadas de verde, por conta do verniz da coroa de flores que carreguei.

Outro caso foi o da minha calça nova, que resolveu soltar tinta na minha perna e me deixou igual a um smurf - perdi um par de meias brancas, ganhei um par de meias azuladas!

E daí que eu lembrei que, na minha fase maluca por tintas de cabelos, resolvi fazer luzes, em casa mesmo. Preparei a tinta, todo feliz, apliquei com cuidado nas mechas, dei uma carregada maior no número de mechas da franja e tava crente que tava arrasado...

... até que, depois que aproveitei o banho pra tirar as tintas do cabelo, descobri que minha grande franja caída na testa fez o favor de ficar caindo por cima das minhas sobrancelhas. Resultado: SOBRANCELHAS COM MANCHAS AMARELAS, COMO UM PÊLO DE GATO ANGORÁ! Isso só acontece comigo!

E foram meses disfarçado a sobrancelha manchada com lápis de olho...

segunda-feira, julho 28, 2008

TRUE BLUE





Eis que, nesse fim de semana, fui a Cabo Frio, rever família e amigos. Tinha até me decidido a ter uma noite de sábado bem comportada e familiar. Só que, é claro, sempre tem uma demônia pra me atentar e, dessa vez, foi MariPepper quem me perturbou pra sair de casa, à noite, num frio da porra, pra dar uma voltinha no canal e ganhar umas calorias no Pançudo.

Na pressa de sair de casa, pra não deixar minha pobre amiga me esperando por muito tempo, catei a primeira camisa e a primeira calça que encontrei. Era uma calça nova, que eu nunca tinha usado. Só tive o trabalho de tirar a etiqueta e botar no corpo. Ela nem tinha sido lavada ainda!

No Canal, passeando com MariPepper, volta e meia eu pegava meu celular no bolso da calça, pra conferir as horas, pois ambos íamos voltar cedo pra casa. Num dado momento, reparei que minha mão estava meio suja. Quando olhei bem, vi que estava manchada de azul.

Somei 2+2 e deu 5: cinco tonalidades diferentes de azul me manchavam, PORQUE A CALÇA, SEM A LAVAGEM, TAVA SOLTANDO TINTA! Quando cheguei em casa, tirei a maldita e vi minhas pernas... eu tava parecendo um SMURF, de tão azul! Isso só acontece comigo!

terça-feira, julho 22, 2008

VOTO DE MINERVA





Ter um emprego público tem suas vantagens, mas o chato é sempre a negociação do aumento, com assembléias, discussões, votações intermináveis e, às vezes, greve! Acabei de chegar de uma assembléia, tô em greve hoje... E me lembrei de uma breve história, que aconteceu na semana passada.

Tivemos uma assembléia na quarta, dia 16/07, para saber das propostas da empresa e decidir quais as ações que tomaríamos. Acabou que, na hora de ir pra assmbléia, eu e um colega de trabalhoc nos enrolamos com um serviço. Quando terminamos, ligamos pra outra colega, pra saber a quantas andava a assembléia.

Ao descobrir que ainda estavam discutindo e deliberando, resolvemos rumar para lá. Eu e meu colega chegamos na assembléia apenas 5 minutos antes do pessoal votar pela paralisação das atividades por 24h. E, é claro, como bons lutadores que somos, votamos a favor da greve!

O placar final da votação foi de 78 votos a favor da paralisação contra 76 votos opostos à greve. Ou seja, A PARALISAÇÃO FOI DECIDIDA POR APENAS DOIS VOTOS, JUSTAMENTE O MEU E O DO MEU COLEGA, QUE CHEGAMOS ATRASADOS... isso só acontece comigo! Mas não ia dar uma pelego, nunca nessa vida!

quarta-feira, julho 16, 2008

CINEMA





Certo dia, eu e a Tati estávamos doidos pra ir ao cinema. Havíamos ganho uns convites de cortesia e resolvemos gastá-los, antes de perder a validade. Como tínhamos vários, chamamos meus roommates Lelê e Michael.

E lá fomos, nós 4, rumo ao cinema. Era a última sessão do dia, um filme suuuuuuuper badalado. Trocamos as cortesias por ingressos de verdade, compramos pipoca e refrigerante e adentramos na sala de cinema, achando que seria uma guerra pra encontrar 4 lugartes próximos... E A SALA DE CINEMA ESTAVA VAZIA!

Pra não dizer que foi uma sessão privativa, faltando dois segundos pro filme começar entrou uma garota na sala de cinema, sozinha, abandonada! Ela meio que ficou olhando pra nós, pro cinemão vaziiiiiiiiio, pra nós de novo... acho que bateu um pânico nela, pois ela foi sentar sozinha...

(será que ela era alguém muito importante e tinha meio que mandado fechar o cinema só pra ela?)

Vocês têm noção do que é ter uma sala de cinema com mais de 200 lugares só pra você?
É muita opção de lugar, deu um nó na minha cabeça... isso só acontece comigo! Agora eu sei como é que esse povo riquíssimo que tem sala de cinema em casa (e.g., Xuxa) se sente!

quarta-feira, julho 09, 2008

A HERDEIRA





Daí que meu pai tava dodói, né?
No dia que ele ia sair da internação, ser liberado semi-são e salvo pra casa - o que garantiria um término do meu martítio hospitalar - ele resolveu ter um piriqpaque bravo e foi posto no C.T.I., pra monitoramento e avaliação. E nesse ia permanecer uns dois dias. Isso só acontece comigo - e na minha família, obviamente!

Minha madrasta, é claro, estava toda preocupada, correndo pra cima e pra baixo em busca de informações. Foi autorizada a ir ao C.T.I., para saber o que estava acontecendo, ver papai, essas coisas. Nervosa, ela chega na sala da recepção. Lá, várias pessoas aguardam notícias do C.T.I., ansiosas.

Uma senhora chega perto da minha madrasta:

Velha: - Oi! Cê tá com parente no C.T.I.?
(Madrasta pensando: - Meu crachá tá escrito C.T.I. grande? Ah, que pena... achei que era pra fila do pão...)
Madrasta: - Sim... meu marido!
Velha: - Ah, minha filha! Já pega logo a herança e pensão dele! Pega logo, antes que a outra pegue!!
(Madrasta pensando: - Velha fiadumapulta! Vai agourar o diabo que te carregue! Não fode!)
Madrasta: - Herança? Vai me dexiar 5 filhos e 3 cachorros. Quer dividir?

Pois é, o mundo é cheio de gente sem a mínima noção...
(Detalhe: dos 5 filhos, somente um é dela... )

quarta-feira, julho 02, 2008

PERDENDO OS DENTES





Ainda no quesito 'dentaduras', lembrei da dentadura que minha avó usou durante anos...

Ela sempre teve muito cuidado com a dentadura, tratando bem de sua higienização. Porém, certa vez, como vovó não enxerga muito bem, ela deixou a dentadura cair no mármore da pia e um dos dentes da prótese se soltou. Ela ficou inconformada!

Só que, para não ter que ficar 'banguela' até conseguir ir ao protético para consertar a dentadura, VOVÓ SIMPLESMENTE COLOU O DENTE CAÍDO COM SUPERBONDER!

Mas o pior não foi a queda e a colagem do dente em si... como ela não enxerga direito, vovó não reparou que HAVIA COLADO O DENTE DE MANEIRA ERRADA.

Isso só acontece comigo: ter uma avó com um dente torto na dentadura!

quinta-feira, junho 26, 2008

OS DENTES FALSOS DE GEORGE WASHINGTON





Então... meu pai andou hospitalizado no decorrer desse mês. A coisa ficou meio feia, ele teve que vir de Cabo Frio para aqui pro Rio de Janeiro, para ser internado e tals. E, é claro, veio uma 'entourage' para ficar com ele no hospital, pois ele precisava de acaompanhante(s). E, assim, acabei passando algumas (V-Á-R-I-A-S) noites com ele (não-)dormindo no hospital.

Assim, nesse momento de trevas no campo familiar, eu, meus irmãos e minhna madrasta fazíamos companhia a papai, em horários escalonados. E cada um de nós, em seu 'turno' era responsável pela higiene íntima&pessoal do velhote safado, que ia desde dar banho até a simples limpeza de sua dentadura.

Na segunda vez que fui dar uma boa escovada na dentadura dele, percebi que havia algo de diferente: ELA TINHA SIDO GRAMPEADA! Sim, havia um grampo, desses que fixamos em folhas de papel com um grampeador, bem no centro da parte da dentadura que fica no palato.

O mais bizarro foi que, quando perguntei a papai - gargalhando horrores - o porque desse grampo, ele me disse que foi um conserto provisório da dentadura, EXECUTADO PELO PRÓPRIO DENTISTA! Isso só acontece comigo: ter um pai com uma dentadura grampeada!

quinta-feira, junho 19, 2008

NOITE SEM FIM





Eu sou um muito apaixonado por livros da Agatha Christie.
O primeiro livro dela que parou em minhas mãos foi "O caso dos 10 negrinhos". A Tissa me emprestou, eu levei pra Cabo Frio mas nem dei muita bola, pois estava terminando de ler outro livro. Mamãe viu esse livro e pegou pra ler, porque gostava das obras da Dame Agatha. E ficou me perturbando na semana seguinte para (1) ler o tal livro e (2) conseguir outros exemplares pra ela poder ler.

A história de "O caso dos 10 negrinhos" é muito boa, muito bem desenvolvida, com um final beeeeeeeem surpreendente! Não é a toa que esse é um dos meus preferidos.

Comecei a ler esse livro pra passar o tempo, enquanto os convidados do aniversário do meu irmão Daniel não chegavam para a festa... e simplesmente não consegui parar! Fiquei lendo durante toda a festa, como um pária que, volta-e-meia, era alimentado pela mãe com algumas guloseimas... Juro que, se tivesse pizza no aniversário, era o que me serviriam, por debaixo da porta, como se eu fosse um leproso ou um emo (embora esse conceito não existisse na época).

Fiquei tão empolgado que nem consegui dormir, mesmo depois de ter terminado de ler... isso só acontece comigo!

Mas o pior aconteceu com a Tissa, na época em que leu esse mesmo livro. A pobre coitada estava deitada na rede, na casa de praia dos avós, altas horas da madrugada, empolgadaça com o livro. No momento ápice do livro, a tensão comendo os nervos da querida Tissa, CAIU UMA LAGARTIXA NO BRAÇO DELA! Imaginem o escândalo...

segunda-feira, junho 09, 2008

ENQUANTO O MUNDO PEGA FOGO





Eu adoro quando tenho uma boa contribuição do povo do meu trabalho.
São sempre histórias muito divertidas e/ou toscas!
E esse caso não é diferente...

Dia desses, o Chátio estava me contando seu drama.
Ele teve um problema de saúde parecido com o meu, que requeria repouso absoluto por alguns dias.
E por repouso absoluto entende-se que a pessoa não pode fazer esforços, deve se levantar da cama o mínimo possível, andar pouco, não pode carregar peso etc.
Até porque, por ser um problema numa região próxima à virilha - é na perna, gente! - a pessoa fica muito limitada em seus movimentos, qualquer coisinha dói pra caramba!

Daí, num dos dias de repouso, o Chátio estava estirado na cama, quando sentiu um cheiro de coisa queimando.
Como ele sabia que não tinha posto nada para esquentar no fogão, achou estranho e foi verificar.
Ao se levantar e caminhar pelo apartamento, percebeu que estava vindo uma fumaça preta de algum lugar.
E, logo em seguida, soou o alarme de incêndio!

Obviamente, o cara entrou em pânico!
Em alguns segundos, com os movimentos limitados e cheio de dor, botou a filha debaixo de um braço, o cachorro debaixo do outro, abriu as portas e topou com uma fumaceira preta no corredor.
E corre que corre - que nem um pato! - pra descer a escada - que nem um pinguim!

Agora vocês imaginem bem a situação: O CARA DESCEU NOVE ANDARES - MAIS GARAGEM, PLAY E SOBRELOJA - DE ESCADA, CARREGANDO UMA CRIANÇA E UM CACHORRO, NUMA FUMACEIRA FODIDA... E, O PIOR, CONVALESCENDO DE UMA DOENÇA QUE TE DEIXA TODO DOLORIDO!

É claro que, durante todos os momentos, o Chátio ficava pensando: "isso só acontece comigo"!
E, na boa, deve ser só com ele mesmo... :P

terça-feira, junho 03, 2008

HARSH REALM





No aniversário de minha querida amiga que ama os sapinhos, fui a Cabo Frio no intuito de matar as saudades e me divertir com essa criatura à noite, nas comemorações. Só que tudo que vi, na verdade, foram azulejos brancos.

Na verdade, tudo começou quando pisei em Cabo Frio, naquela tarde calorenta. Tinha combinado que, assim que eu fizesse o trajeto da rodoviária até minha casa, ia largar minhas tralhas por lá e rumaria para o centro da cidade, para encontrar minha mãe e minha cunhada, pois cometi a insanidade de me oferecer para ajudá-las nas compras do enxoval da minha sobrinha que estava para nascer.

Na pressa, decidi que iria comer na rua, quando as encontrasse. Mas, para não digerir meu próprio estômago de tanta fome, resolvi tomar um suco de uva em casa. Só tinha uma garrafa de água na geladeira, com cerca de 400 ml. Peguei a garrafa, o suco concentrado, fiz a mistura, mandei um gole pra dentro e... estava horrível!!

Coloquei açúcar, mais água, pinguei mel, dei três pulinhos, mas o gosto não melhorava. Tomei o restinho do suco em sofrimento, só pra não morrer de fome e fui pro centro.

Cerca de 3 horas (uma coxinha, um pastel de queijo e uma coca-cola) depois, parecia que um alien ia sair do meu ventre, tamanha a revolução e barulheira lá dentro! E eu tentando descobrir o que eu tinha comido no dia anterior pra me revivar as vísceras daquela forma... fiquei, é claro, achando que era culpa do tal suco de uva, que devia estar estragado!

Quando cheguei em casa, descobri que, realmente, a diarréia é mais rápida que a velocidade da luz, pois eu entrei no banheiro tão rápido que me aliviei no escuro mesmo. E lá fiquei, passando mal pencas!

Só depois de 1 hora entre idas e vindas do banheiro é que se fez a luz: mamãe toma um remédio para a pressão, cuja base é cloreto de magnésio. Alivia os sintomas de pressão alta, faz bem pra pele e solta bem o intestino. É um pó que ela dissolve em água e, todas as manhãs, ela tem que tomar duas colheres de sopa. Daí, a espertona guarda essa bodega numa garrafa de vidro. Na geladeira. SEM ETIQUETA! E eu, é claro, não sabia disso.

E, não sabendo desse detalhe, ADIVINHEM QUAL ERA TAL 'ÚNICA GARRAFA COM ÁGUA' QUE EU PEGUEI NA GELADEIRA PARA FAZER SUCO? A própria garrafa sem rótulo com o remédio dissolvido, da qual eu bebi cerca de 250 ml e cuja posologia era de DUAS COLHERES DE SOPA AO DIA! Óbvio que o resultado seria um duro reinado no trono de louça! Isso só acontece comigo!

Acabei não tendo condições de festejar com a Mari. E o pior: sabem a que horas eu fui dormir naquele dia? QUATRO HORAs DA MADRUGADA, MERMÃO!

Teve um dado momento em que eu pensei seriamente em levar livro e óculos pra ir ao banheiro. Depois, fiquei lamentando não ter um laptop com acesso à internet...

quinta-feira, maio 29, 2008

WET WET WET





Essa é uma rapidinha, pra vocês não morrerem de saudades de mim...

Hoje, na volta do consultório do psicólogo, passei num supermercado para comprar lguns gêneros alimentícios e produtos de limpeza que estavam fazendo falta aqui em casa.

Daí, dentro do mercado, passei por um enorme freezer horizontal de congelados e afins. Passei vários minutos analisando os nuggets de frango, vendo os pesos, os preços e a relação custo-benefício - coisa que qualquer pão-duro de salário baixo sabe fazer quase que intuitivamente!

Nisso, vi um nugget de uma marca interessante e, como não achava o preço dele no freezer, resolvi pegar uma embalagem pra verificar o preço no caixa. E, é claro, o pacote está bem longe e eu teria que me esticar, me debruçando sobre o freezer.

Foi o que fiz e me arrependi amargamente: O FREEZER GELADO MOLHOU A MINHA BERMUDA E PARECIA QUE EU ESTAVA TODO MIJADO! Tive que ficar passeando pelo mercado, com o carrinho de compras bem na minha frente, fazendo hora para a bermuda secar minimamente e eu poder ir embora... isso só acontece comigo!

segunda-feira, maio 12, 2008

SPEAKING WORDS OF WISDOM



Daí que, na última sexta-feira, 09/05, foi minha formatura!
Depois de um ano, concluí minha pequena pós-graduação em Docência do Ensino Fundamental e Médio, que me garantiu a habilitação em Licenciado em Sociologia!

Nem sabia que tinha formatura, mas também não tava ligando muito pra ela. Como era ante-véspera do dia das mães, nem ia aparecer. Até que a bomba caiu na minha mão: me escolheram ORADOR DA TURMA!

Tá, era eu ou um outro carinha, uruguaio, que fala enrolado, cheio de sotaque e propenso a falar demais. Ou seja, eu nem podia recusar...

Assim sendo, assumi meu compromisso, escrevi um discurso lindo - porém pequeno, visto que haveria mais de 20 turmas se formando no mesmo dia e, por conta disso, o limite de tempo era de 1 minuto e meio para cada orador - e cheio de gracinhas, me muni de coragem e muita cara-de-pau, e encarei a cerimônia.

Não bastasse o fato de apenas outros 3 integrantes da minha turma terem aparecido formatura, a cerimônia foi arrastada e, como não podia deixar de ser, com essa minha sorte toda, EU FUI O ÚLTIMO ORADOR A SE APRESENTAR! Isso só acontece comigo!

Pelo menos, tive minhas compensações: já peguei o meu diploma, me diverti muito com o pessoal que foi na cerimônia e ainda recebi altos elogios pelo meu discurso, vindos de pessoas que nem tinham nada a ver com a minha turma!

segunda-feira, maio 05, 2008

3 RAZÕES PRA VOCÊ
QUERER MORRER DE CATAPORA,
MESMO ESTANDO EM PARIS
COM TUDO PAGO
(roubado da amiga Lah, editado por moi)






Razão número 1:
Você liga a tv e ouve funk tocando. Em um documentário que tá falando como os bailes funk sao 'in', com uns MCs (sério) franceses e tudo tocando. E como a onda do funk vai invadir a Europa. Pelo que deu pra eu entender com meu (praticamente inexistente) francês, vão invadir a Europa em breve. Ainda bem que já tô indo embora.

Razão número 2:
Você vai na Galeria Lafayette e não consegue achar a porra do departamento masculino. Aí você vê uma menina muito bem maquiada num estande de maquiagem e resolve perguntar com seu francês inexistente se ela pode indicar onde é. Você diz 'bon jour' e ela vira pra você com o maior sorriso do mundo. O inglês dela tá no mesmo nível do seu francês (que no momento se resume a saber as palavras "por favor" e "departamento masculino"). Depois de uns 5 minutos, a menina faz "aaaaaaaaaaah", começa a rir muito, mas muito mesmo, e aí consegue formar uma frase em inglês: "I don't work here". Você, obviamente, quer morrer. De catapora. Na hora. E a menina ainda é simpática e chama a vendedora que tava atendendo ela pra te ajudar. E continua rindo muito.

Razão número 3:
Você chega no seu hotel e começa a folhear uma revista. Nela, você vê a foto da menina bem maquiada que não trabalhava na loja sorrindo pra câmera. Aparentemente, na cerimônia em que ela ganhou um Cesar de melhor atriz. E parece que o nome dela é Marion Cotillard, e você se lembra de que quase não foi ao cinema esse ano.

No único ano em que não assisto a porra do Oscar.
Eu disse 'oi', ela virou com o maior sorrisão achando que eu ia pedir um autógrafo e eu pergunto onde é o departamento masculino.

Eu quero morrer.

Mas enfim, de resto tá tudo ótimo, a cidade é linda, eu já tomei mais café em 10 dias do que no resto da minha vida inteira, e é uma pena que eu vou ter que me jogar da Torre Eiffel de tanta vergonha.

Andreh, vou ter que pegar emprestado: isso só acontece comigo.

PS: quando contei pra minha irmã, ela me perguntou (assim que recuperou o fôlego, de tanto rir) se eu tinha pelo menos tirado uma foto com a Marion Cotillard. E É CLARO QUE NÃO TIREI. Por que é que eu iria tirar uma foto com alguém numa loja de departamento, que nem sabia onde era o departamento masculino. Eu só queria achar um cardigã pro Tiago...

segunda-feira, abril 28, 2008

FORCA
(parte 14)






Essa última história que vou contar trata, na verdade, de um roubo... conceitual!
Ninguém sofreu violência, ninguém teve seus pertences furtados, mas foi uma espécie de roubo da inocência de uma pobre garotinha.

Minha amiga Gizana, na época em que éramos adolescentes, tinha uma irmã caçula, a Thayra. Na época, Thayra devia ter uns 7 anos e acompanhou a Gizana por um dia, na feira de ciências da nossa escola. É claro que ela foi a sensação da galera, todo os nossos colegas ficaram babando a menina, conversando com ela, brincando com ela, livrando um pouco a Gizana da obirgação de cuidar da irmã ao mesmo tempo que apresentava seu trabalho.

Num dado momento, começamos a brincar de forca, num quadro-negro. O Thiaguinho, que era nosso 'calouro-oficial' resolveu distrair a Thayra com a forca. E largamos os dois por lá. O que Thiaguinho não contava é que Thayra fosse realmente muito esperta e que nos chamasse aos gritos: ELE, UM RAPAZ DE 15 ANOS, ESTAVA ROUBANDO NO JOGO DE FORCA, CONTRA UMA MENININHA DE 7 ANOS! Eu poderia jurar que isso só acontece comigo, mas aconteceu com ela...

Fomos lá ver e rimos muito da cara do Thiaguinho que, além de não saber perder, morreu de vergonha por ter sido descoberto em seu estratagema para vencer!

segunda-feira, abril 21, 2008

BODE EXPIATÓRIO
parte 13






Eu admito que não sou santo. Já comi muito biscoito e iogurte de graça em supermercados da vida e nunca fui pego em nenhuma das minhas tramóias.

Mas já dei um azar tremendo: FUI BODE EXPIATÓRIO DE UM DELITO QUE NÃO COMETI! E, do jeito que a justiça funciona nesse país, não posso nem dizer que isso só acontece comigo! E lá vem mais uma história velha!

Quando eu estudava em Campos, sempre tinha que passar por Macaé. Tinha uma loja de doces na rodoviária de Macaé, que a gente sempre passava por lá, ou pra comprar doces ou para tão-somente ver as 'novidades' e ficar com água na boca - mera distração nos 20 minutos que ficávamos parados por lá.

Acontece que, numa certa época, a lojinha vinha sofrendo uma série de pequenos furtos. E, é claro, o dono resolveu tomar providências.

Certa vez, depois da Páscoa, eu estava voltando de Cabo Frio para Campos. Na parada em Macaé, desci, fui esticar as pernas e dei uma volta na loja com meus amigos. O meu azar consistiu no fato de ter sido Páscoa e eu, esganado, estava com três bombons no bolso. É claro que, por ser gordinho e estar com uns três bombons para consumo próprio no bolso, o dono da loja achou que eu era o ladrãozinho e chamou o segurança. Foi um inferno!

O segurança me agarrou, me revistou, tive que bater boca, queriam me levar preso (e eu era menor de idade). Só não fui levado de lá porque consegui provar que a loja não vendia 1 dos 3 bombons que estavam no meu bolso (daqueles bombons vagabundos da Arcor, o "Amor doce amor").

O dono da loja me pediu desculpas e tal, mas nada pode apagar a humilhação e a vergonha dos olhares que recebi. Mó chato!

segunda-feira, abril 14, 2008

MEU PÉ ESQUERDO
parte 12






Mais uma história da década passada!
Certa vez, pelos idos de 1995, teve um feriadão em outubro, o mesmo que cai sempre perto do meu aniversário. Tínhamos combinado, mó galerão, de ir pra Cabo Frio. Piggy e Jonivan iriam ficar na minha casa, Aninha, Bruno e Tissa ficariam na casa da Bianca!

Tudo esquematizado, viajamos felizes, alegres, sorridentes - apesar de sem um tostão no bolso, contando apenas com a diversão que a praia poderia nos proporcionar. E foi uma algazarra só: passávamos o dia na praia e, à noite, rodinhas de violão ou passeios pela cidade.

Eis que, no último dia, fomos cedo pra praia, pra aproveitar bem o dia e nos despedirmos do meu paraíso particular. Na hora de 'levantar o acampoamento' pra ir embora, vejo a Piggy inquieta, revirando as coisas todas. Ela estava procurando sua sandália - uma Kenner, moda na época - e não achava o pé direito.

Depois de muito tempo procurando, meu irmão apareceu na praia, nos viu naquele semi-alvoroço e nos explicou que aquilo era o mais novo golpe da praça - ou melhor, da praia: como as sandálias Kenner eram meio caras, OS PIVETES APROVEITAVAM A DISTRAÇÃO DO TURISTA E SURRUPIAVAM UM PÉ DA SANDÁLIA. Assim, o turista, ao 'perder' seu pé de sandália, deixaria a outra na praia - seja na areia, seja na lixeira - e os pivetes, ao fim do dia, sairiam recolhendo o 'lixo'.

Como estou acostumado a andar descalço, ofereci meu par de havaianas clássicas - aquelas de sola branca, com tira amarela - pra Piggy voltar da praia. Foi até engraçado ver o pézinho 34 da minha amiga sambando no meu chinelo 42.

Claro que a Piggy ficou furiosa, pensando "isso só acontece comigo"! E, de sacanagem com o ladrãozinho, ela levou pra casa o pé esquerdo da sandália que lhe sobrou. E olha que esse pé esquerdo de sandália ficou guardado como recordação por muito tempo, na minha casa...

segunda-feira, abril 07, 2008

EDREDON
parte 11




A situação de assalto mais bizarra que passei foi em Campos. Na época, eu ainda estava por lá, no penúltimo ano da faculdade. Numa certa semana de junho, meu orientador me incumbiu de ir ao Rio de Janeiro, pra fazer a renovação das bolsas de iniciação científica (minha e do outro bolsista), de mestrado (de um dos alunos) e do projeto (do meu chefe), concedidas em nosso laboratório. Ele me entregou R$70,00, pra passagens, deslocamento e alimentação. E eu aceitei meu martírio.

Daí que liguei pra minha mãe, avisando que iria pra Cabo Frio no fim de semana e aproveitaria pra ir pro Rio de lá, já que (1) eu não ia pra Cabo Frio há mais de um mês e tava com saudades da minha família, bem como (2) a distância de Cabo Frio pro Rio era menor do que partindo de Campos...

Minha mãe ficou felizona... não só porque eu ia pra casa, mas porque, sabendo que eu estava com dinheiro em mãos, ela poderia me fazer umas encomendas e me pagar quando eu chegasse em Cabo Frio. Nessa época, ainda não havia Casa&Vídeo em Cabo Frio e mamãe pediu pra eu passar na referida loja, em Campos, e comprar dois edredons de casal, cada um na promoção, por apenas R$20,00.

E lá fui eu, no fim de tarde de uma sexta-feira, capengando dentro de um ônibus xexelento, da faculdade para o centro da cidade. Andei um pedaço até chegar na Casa&Vídeo, me pus em bataçha com várias donas de casa desesperadas para conseguir um edredon bonito, fiquei quase uma hora na fila pra pagar e tomei meu rumo, a pé, pra casa. Afinal, pra que gastar mais R$1 de passagem se eu podia andar 1km a pé, carregando uma mochila pesada, uma pasta e 2 edredons volumosos?

Caminhando contra o vento, sem lenço, sem documento, fui. A passos largos, cheguei na metade do caminho e dei uma paradinha, em frente ao curso de inglês da Tia Sandra - a tia da Tissa - e brinquei um pouquinho, através da grade, com as crianças que estavam por la. Me despedi, tomei meu rumo...

... nem bem dei cinco passos, UM CARA MUITO FEIO MEU ABORDOU COM UM REVÓLVER. Ele apontou a arma na minha cara, disse pra não falar nada, não fazer escândalo. Como eu estava com todas as mãos ocupadas, ele mesmo vasculhou meus bolsos e minha carteira e levou os R$30 que tinham sobrado dos R$70 que meu orientador me deu para ir ao Rio. Saiu em disparada, de bicileta. E NEM MEXEU OS EDREDONS!

Isso só acontece comigo: evitei de perder mais dinheiro num assalto porque comprei dois edredons! E não perdi a calma, apenas voltei ao curso da Tia Sandra, avisei à ela e à secretaria o que tinha me acontecido e, juntos, chamamos a polícia, mais para zelar pela segurança da criançada que estava por lá do que para, efetivamente, recuperar meu $$$.

E, por sorte, meu orientador foi bem compreensivo e não me cobrou explicações sobre os gastos... além disso, meu primo de Olaria estava em Cabo Frio e fui com ele, de carona, pro Rio - o que representou também uma economia de dinheiro...

segunda-feira, março 31, 2008

COISAS DO INTERIOR
parte 10






Por mais que a gente ache que a violência é um fenômeno urbano e mais proeminente nos grandes centros, é algo que está mais que generalizado. E há muito tempo!


Afinal, já disse que me roubaram um relógio na praia de Cabo Frio, bem como contei dos ladrões que reviraram a casa de vovó. Até refém eu já fui!

Fugindo um pouco do litoral, adentrando o estado, também fui assaltado várias vezes quando ainda era um jovem estudante secundarista - e, depois, universitário - em Campos. Certa vez, estava eu andando pelas ruas, escuras e desertas e... nada aconteceu.

Quando cheguei na esquina da minha casa - a pensão de D. Mariquita - de frete para uma pequena garagem de ônibus urbanos, depois rapazes me cercaram, de bicicleta, portanto facas e ROUBARAM TODO O DINHEIRO QUE EU TINHA: CINCO REAIS!

Cerca de 1 mês depois, perto do Palácio da Cultura, um rapaz RESOLVEU ME ASSALTAR COM UM ESTILHAÇO DE GARRAFA E LEVOU TODO O DINHEIRO QUE EU TINHA: CINCO REAIS! O descaramento foi tanto que ele me roubou em plena luz do dia, na frente de um lugar cheio de policiais!

Resolvi, então, não andar mais com dinheiro nos bolsos. Andava com o dinheiro dentro de um tubo de Redoxon, dentro da mochila. Quando estava sem mochila, o dinheiro ficava preso no cós da calça ou da bermuda. Daí, fui assaltado na esquina da faculdade, por dois rapazes da favela dos fundos. Como não encontraram dinheiro - eu não pagava ônibus, tinha gratuidade - RESOLVERAM LEVAR MEU ÚNICO BEM: UM RELÓGIO, COMPRADO NO CAMELÔ A CINCO REAIS! Isso só acontece comigo!

segunda-feira, março 24, 2008

UM LADRÃOZINHO DE MERDA
parte 09






Essa história aconteceu com um colega da pós-graduação, xará meu. Achei engraçada a coincidência, pois ele me contou nesse momento em que estou falando de assaltos estranhos e que alguém deixou um comentário com tema similar ao desse assalto.

Há alguns anos, o André Ben-Hur caminhava lépido e fagueiro pelo centro do Rio de Janeiro. Seu passeio pelo centro não era turístico: tinha que fazer uns exames por lá.

Ao atraavessar a rua Rio Branco - uma das principais e mais movimentadas do centro do Rio - um garotão chegou junto. Abordou o Ben-Hur e pegou o saquinho que ele carregava.

Nisso, o cara abriu a sacolinha e DEU DE CARA COM DOIS POTINHOS UTILIZADOS PARA COLETAR FEZES. Ambos os potes continham o material. Daí, o ladrãozinho de merda simplesmente DEVOLVEU A SACOLA AO BEN-HUR!

Não satisfeito, ainda pediu algum dinheiro, um trocadinho. Como o Ben-Hur não tinha, o cara ainda teve o descaramento de pedir cigarros pra ele. Mas o Ben-Hur estava em seu último cigarro. E o ladrão? LEVOU SÓ A GUIMBA DO CIGARRO QUE O BEN-HUR ESTAVA FUMANDO.

E, aposto, tanto o Ben-Hur quanto o ladrão saíram dessa história pensando: isso só acontece comigo!

segunda-feira, março 17, 2008

TOMA LÁ DA CÁ
parte 08






Certo dia, a amiga Clara estava paradinha no ponto de ônibus, em frente ao Rio Sul, esperando algum coletivo para ir a Niterói, pois havíamos combinado com uma galera de ir pra lá, fazer uma bagunça na casa da Tissa.

Na pressa, Clara saiu de casa com apenas R$5, suficientes para a passagem de ida, na expectativa de poder tirar mais $$$ em algum caixa eletrônico próximo ao seu destino. No ponto, meio deserto, um rapaz aborda a Clara...

Ladrão: - Isso é um assalto!
Clara: - ...
Ladrão: - É melhor não reagir, nem gritar!
Clara: - ...
Ladrão: - Passa a grana, tia! Passa a grana!
Clara: - Mas eu só tenho R$5, pra pegar o ônibus.
Ladrão: - ...
Clara: - ...
Ladrão: - Ok. Me dá os R$5, que eu te dou o da passagem!

Sentiram o drama? O LADRÃO DEIXOU TROCO, PRA CLARA PODER IR EMBORA! E quem disse que ladrão não tem bom coração?

É claro que ele deixou pra ela apenas R$2. Daria pra ela pegar um ônibus para qualquer lugar dentro do Rio de Janeiro, mas nem dava pra pegar o ônibus que ia pra Niterói (a R$2,90, na época)...

segunda-feira, março 10, 2008

REFÉM DO SILÊNCIO
parte 07





Agora, vai uma história de assalto, que conteceu há mais de 10 anos. Meu irmão Felippe sempre foi dessas pessoas aficcionadas por marcas. Enquanto eu me contentava com uma camisa bonita qualquer, as dele só podiam ser da Ellus, Forum, Armani.

Daí que virou febre em Cabo Frio usar roupas, calçados e acessórios de uma loja chamada Aquabordo. E o 'fashionista' do Felippe resolveu que se vestiria de Aquabordo da cabeça aos pés. Os preços não eram proibitivos, mas eram meio salgados, embora os produtos fossem de boa qualidade.

Depois de uma coleção de calças, camisas e cintos da Aquabordo, Felippe resolveu comprar um tênis de lá. Passou uns 3 meses guardando uns trocados e resolveu comprar o tênis. Como bom irmão que sou, fui acompanhá-lo. E, além disso, ainda pegamos nosso primo Davi, na época com 7 anos, pra ir conosco, passear um pouco pelo centro de Cabo Frio - depois, é claro, de ouvir todas as mil recomendações de cuidado da mãe do Davi.

E fomos os 3, passeando por Cabo Frio. Paramos na frente da filial da Aquabordo no centro, olhamos a vitrine, falamos brevemente e entramos na loja...

... para sermos surpreendidos por um rapaz, de arma em punho, que rendeu a gente!
Sim, senhoras e senhores, NÓS ENTRAMOS NA LOJA NO MEIO DO ASSALTO! Eu achei aquilo tão absurdo que cheguei a reclamar, achando que era o segurança da loja fazendo alguma brincadeira boba! Isso só acontece comigo mesmo, ficar pensando esse tipo de idiotice dos outros!

Fomos levados, os 3, para uma das cabines de e lá ficamos, com mais outras 2 pessoas. O pobre do Davi tremia tanto! Mas foi valente até o fim: não reclamou, nem chorou, não deu um pio sem ser solicitado. E a nossa grande preocupação era mesmo com ele, uma criança de 7 anos no meio de um assalto. Ainda bem que tudo deu certo e pudemos voltar pra casa.

Quanto ao tênis, por sorte não levaram o $$$ do Felippe - as nossas caras de pobre devem ter contribuído pros ladrões acharem que entramos na loja só pra 'assuntar' - e nos dirigimos, alguns dias depois, para outra filial da loja, onde o compramos.

segunda-feira, março 03, 2008

QUANDO EU CHEGUEI TUDO TUDO TUDO ESTAVA VIRADO
parte 06





De uma certa vez, quando eu era quase adolescente e ainda morava em Cabo Frio, fui à casa de minha avó. Era algo super costumeiro, pois vovó é quase vizinha - mora a duas casas de distância - e eu sou um neto muito prestativo. Nesse dia específico, eu tinha me comprometido a ir ao mercado para ela.

Daí, após avisar a minha mãe de meu destino, rumei pra casa de vovó. A casa estava toda aberta, janelas escancaradas e com algumas coisas do lado de fora, no quintal, empilhadinhas, como se fosse numa limpeza.

Assim que entrei, ouvi um barulho de gente saindo. Olhei pra fora, e não vi ninguém. Julgando que fosse um truque da minha cabeça doida, resolvi entrar. Então, me deparei com uma cena dantesca: móveis abertos, pilhas de roupas empilhadas, coisas reviradas, a televisão e o aparelho de som em cima de uma mureta, gavetas fora dos armários, tralhas fora do lugar...

Depois de encarar essa cena que parecia o resultado de um tornado muito nervoso, me peguei pensando: "nossa, vovó devia mesmo estar necessitada de ir ao supermercado, porque LARGOU A FAXINA PELA METADE E DEIXOU A CASA TODA ABERTA". E sentei no sofá, esperando vovó aparecer, pra me dizer o que queria de mim...

Depois de 5 minutos sentado, no meio daquele caos, lendo um gibi da Turma da Mônica, minha mãe chega na casa de minha avó. Ela havia se lembrado que minha avó tinha saído pra caminhar na praia mais tarde do que de costume e que, provavelmente não tinha chegado em casa ainda. Ao chegar na casa, mamãe fica atônita com a cena. Muito mais esperta que seu filho loiro - no caso, EU - ela se dá conta de que AQUELE FURDUNÇO TODO TINHA SIDO UMA FRUSTRADA TENTATIVA DE ASSALTO!

E toca a chamar polícia, bombeiros, vizinhos etc. e eu, idiotizado, só pensando que isso só acontece comigo: confundir um assalto com uma faxina! E só não falo mal da minha sorte porque, provavelmente, o bariulho que ouvi quando cheguei era dos ladrões fugindo sem levar (quase) nada! E a besta aqui achando que era nada!

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

EL RELOJ
parte 05






Meu pai não costuma me dar presentes. E, quando dá, não costuma ser algo que preste. No Natal, por exemplo, ele me deu uma camiseta branca, o que é duplamente errado, já que eu não gosto de roupa branca e não uso camisetas... Ainda por cima, é dessas camisetas no estilo "fui a Cabo Frio e lembrei de você" - e eu sou de lá, porra!

Tem vezes em que papai está muito inspirado pra dar presentes, sendo ou não época de dá-los. Já me deu bons aparelhos de celular, muitos brinquedos na infância etc. Só que reparei que, no Natal, se meu pai me dá algo muito bom, é sinal de mau agouro! E assalto na certa!

Já contei aqui que fui assaltado no início deste ano e me levaram a câmera digital. Dentro dela, havia um cartão de memória, presente de Natal dado por papai.

Mas, 10 anos antes disso, meu pai me presenteou com um relógio. Ele tem uma coleção de relógios, cada um mais lindo que o outro. Naquele Natal, ele abriu sua maleta de relógios e deixou que cada um escolhesse seu relógio. Eu peguei logo G-Shock ORIGINAL (como o da foto ilustrativa deste post), de caixa metálica, digital, algo inimaginável (e muito caro) até então.

Usei o relógio apenas no Natal e guardei-o, para usar em ocasiões especiais (festas, casamentos, batizados, formaturas, bar mitzvah, enterro, aniversário da Xuxa). E, é claro, resolvi usar o relógio na virada do ano. Passei na praia de Cabo Frio, com vários amigos.

No fim da noitada, eu e um casal de amigos carregamos uma amiga deles, bebaralhaça, para a casa. No caminho, à beira da praia, fomos abordados por um grupo de 8 a 12 indivíduos, que nos imobilizaram - não foi muito trabalhoso com a bêbada desmaiada - e nos roubaram. Fora uns trocados dos outros, que mais se deu mal fui eu: LEVARAM MEU TÊNIS NOVO E MEU SUPER-DUPER-HIPER-RELÓGIO, dado por papai.

Voltei pra casa com minha característica expressão de que isso só acontece comigo e, depois de ser lindamente consolado por minha família, ganhei um reloginho de camelô do meu pai, pra não ficar muito triste...

... bem que ele podia me dar, agora, um outro cartão de memória! Ou um mp3 player!

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

PIMP MY RIDE
parte 04






Dando continuidade à série de história sobre roubos e furtos, vou contar uma das que mais gosto. Um dos meus amigos do trabalho, o Carlos André, comprou um Corsa Sedan em 2004. Estava alegre e satisfeito com o carro, fruto de seu trabalho duro.

Em 2005, sua esposa, a Júlia estava voltando da escola com o filho deles. Quando ela se preparou para estacionar o carro, quase na entrada de sua casa, um carro atrás dela começou a fazer um estardalhaço com a buzina. Ao desviar para dar passagem para outro carro, o carro não passou.

O motorista desceu do carro, acompanhado de 3 amigos, rendeu a Júlia e, na cara de pau, roubou o carro. Pelo menos deixaram o pobre do Robertinho tirar seu material escolar da banco traseiro.

Depois de todos os procedimentos tomados para acalmar a Júlia e para recuperar o carro, o Carlos André foi contactado, pois seu carro foi encontrado no dia seguinte. Tudo estaria muito bem se não fossem por duas surpresinhas. Em primeiro lugar, os assaltantes levaram as rodas do carro. Eram novinhas, menos de um ano de uso!

Mas, para compensar, deixaram um presentinho... a cereja do bolo foi O CADÁVER QUE ENCONTRARAM NO PORTA-MALAS!

Depois de resolverem os problemas burocráticos, do carro ter sido rebocado para um depósito da polícia em GARDÊNIA AZUL, o carro sem rodas (e, agora, sem bateria - roubada no pátio da delegacia, por uma 'gangue' montada pela equipe que fazia o serviço de rtemoção para a polícia), o Carlos André teve um gasto imenso pra consertar o carro.

E, é claro, se tornou o xodó da família - até porque carro roubado e depredado vale menos no mercado. Toda vez que relembramos essa história, dá pra ver na cara do Carlos André o pensamento: "isso só acontece comigo"!

terça-feira, fevereiro 12, 2008

BOLO
parte 03






Há cerca de 2 anos, meu primo Carlinhos resolveu, como de costume, comemorar o dia de Cosme e Damião em grande estilo. Planejou uma baita festa, gastou um $ legal contratando um rapaz pra tocar na festa, outros $ com a decoração do local, mais $ com os comes e bebes. E o mais importante, para ele: um bolo ENORME! Tudo no intuito de agradar a criançada do bairro, sobretudo as mais necessitadas.

No dia da festa, ele mandou a mãe e um amigo irem de carro - um Scenic - pegar o bolo na casa da confeiteira, uma senhorinha muito simpática, amiga da família há anos. Após pegar o bolo e tomar um trajeto para casa, o Scenic contendo o motorista, minha tia e o bolo foi fechado por duas Kombis - ô veículo maldito! Das Kombis, descem cerca de 10 homens, armados até os dentes. Apontam as armas para o carro e gritam para todos saírem.

Minha tia e o rapaz saem do carro, de mãos para o alto. O bolo fica. Os bandidos, mexem e remexem, gritam entre si, discutindo... mas sempre apontando as armas pra minha tia e para o rapaz (mas não para o bolo). Mais discussão, gritos e os bandidos anunciam que vão levar o carro.

Minha tia se desespera: é a festa das crianças e o bolo vai ser roubado. Preocupadíssima com essa situação, ELA RESOLVEU NEGOCIAR COM OS BANDIDOS PARA ELES, PELO MENOS, DEIXAREM O BOLO!

Pediu, implorou, com as mãozinhas juntas como em oração, olhinhos revirando, que os bandidos levassem tudo, exceto o bolo. Eles se entreolharam, discutiram, gritaram, se estapearam e, por fim, falaram pra pobre velhinha: "aê, minha tia, pegao bolo logo que a gente qué vazá"!

E partiram, deixando o rapaz e minha tia, em plena Av. Brasil, às 16h, com o sol a pino, sem carro, sem celular, sem dinheiro e com um bolo, com ambos pensando: "isso só acontece comigo"!

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

TOP TOP
parte 02






Dia desses, estava eu conversando com o povo do trabalho, falando sobre essas manias que as pessoas têm de se ligar absurdamente em marcas e modismos. Em especial, falamos dessa necessidade de ostentação que muitas dessas pessoas apresentam.

A moda, agora, é passear com essas mochilas especiais para laptop!
Toda pessoa de alma suburbana, que gosta de ostentação, tem uma mochila dessas.
Não precisa nem ter laptop: basta usar a mochila que todos pensarão que você é rico/chique/elegante/fino/poderoso/influente, pois ali, na mochila, deve ter um laptop, que é coisa de gente rica/chique/elegante/fina/poderosa/influente.

E foi pensando assim que um ladrãozinho de deu muito mal. Ele viu um rapazinho - este rapazinho é filho do melhor amigo de um colega de trabalho, que foi quem me contou essa história - andando tranqüilamente pelas ruas da Tijuca, com uma mochila de laptop. Não pensou duas vezes: foi lá e roubou a mochila do rapaz. SÓ QUE NÃO TINHA NADA DENTRO DA MOCHILA, A NÃO SER UMA AGENDA VELHA!

Adoro quando a vida prega essas peças em vigaristas...

terça-feira, janeiro 29, 2008

OLHA A FACA!
parte 01





Baseado em fatos reais e recentes, tô inaugurando uma série de posts, pra contar histórias de assaltos. Algumas são divertidas, outras nem tanto...

Resolvi começar pelo mais recente assalto: o que me levaram tudo!
Na primeira sexta-feira de 2008, estava eu, feliz da vida, saindo da pós.
Fui levar uma amiga minha na estação das barcas, pra ela poder voltar pra casa, feliz, alegre, saltitante e segura.

E segui meu caminho!
Eu tinha acabado de descer a escadaria do Mergulhão da Praça XV, tirando moedas do meu bolso, pra pdoer pagar o ônibus, quando minhas chaves caíram.
Daí abaixei para pegá-las e esse foi o meu erro.
Pois, normalmente, a primeira coisa que faço quando desço no Mergulhão é verificar se (1) há pessoas e (2) não há ninguém potencialmente perigoso.
Mas eu não tive tempo... assim que peguei a chave, UM RAPAZ FEIO E MALTRAPILHO SE MATERIALIZOU NA MINHA FRENTE, PORTANDO UMA FACA GIGANTE E ME ASSALTOU.

Legal, né? Eu fiquei com mais medo de morrer de tétano do que da facada em si...

Agora, como a má sorte nunca é pouca, nesse dia eu tinha chegado de viagem, direto de Cabo Frio pro Rio. Não passei em casa, fui pro trabalho de mala e cuia e, de lá, pro dentista e, de lá, pra pós e, de lá, pras barcas e, de lá, pro Merguçhão, pra ser assaltado... Assim, estava TUDO na minha mochila: mp3 player, celular, carteira e a minha linda e semi-nova máquina digital. Isso só acontece comigo!

quinta-feira, janeiro 24, 2008

MAIS UM ANO VAI...

... e eu já estava esquecendo que este blog completou, nesta semana, 5 anos de existência!




Juro que, se eu tivesse tempo, $$$ e disposição, dava uma festa!

E, é claro, isso só acontece comigo: passar um tempo esperando por uma dat comemorativa com esta e ESQUECER DE COMEMORAR OS 5 ANOS DO PRÓPRIO BLOG!

Anyway, parabéns para TODO NÓS!

domingo, janeiro 20, 2008

DE VOLTA PRA CASA





Depois do sofrimento na estrada no retorno de Volta Redonda, todo mundo no meu trabalho ficou brincando que meu azar era o culpado pelo ocorrido com o carro do Germano. Tanto é que, no casamento do Pipoquinha, em Mendes, eu fui quase obrigado a ir em outro carro. E parece que funcionou, porque a viagem de ida e a de volta foi super-tranqüil, sem qualquer incidente!

Daí que o medo passou e, nesse sábado, 19/01, peguei uma carona com o Germano e a Cláudia pra ir na Pavuna, no aniversário do Carlos, outro de nossos amigos do trabalho.

No horário marcado, encontrei o Germano na rua, indo ao Banco do Brasil e o acompanhei. E ficamos lá, mofando por mais de 20 minutos porque, (1) dos 6 caixas eletrônicos, só 3 estavam habilitados para saque, mas somente UM estava operante e, além disso, (2) tinha um velho gordão ocupando o único caixa disponível para saque, sem o mínimo de pressa (e noção)!

Achamos que, por causa desse contratempo, não teríamos mais nenhum problema. E assim foi: a viagem foi tranqüila, as comemorações foram ótimas, a comida estava uma delícia, a diversão foi garantida e, na volta, tudo parecia correr bem. Relaxamos...

... E TOPAMOS COM UM ENGARRAFAMENTO PARTY MONSTER NA AVENIDA BRASIL. Nosso retorno, que deveria durar 40 minutos, levou míseras 3 horas. Tão-somente porque um imbecil fez o favor de dirigir mal o suficiente pra bater num poste a ponto de derrubá-lo e, com isso, estragar uma passarela e fechar o trânsito das DUAS PISTAS PRINCIPAIS da Avenida Brasil. Isso só acontece comigo!

E acho que nunca mais o Germano me deixa entrar no carro dele.
Nem que seja pra me levar ali na esquina...


***

Decidi que já tava na hora de expulsar um pouco o luto desse blog...
Mas que esse mês tá pesando, tá!

sábado, janeiro 12, 2008

INTERMITÊNCIAS DA MORTE



Se o ano começou com alegrias, com a vida chegando através da minha priminha Ana Clara, com quase 10 dias neste momento, a morte já deu seu trágico alô e me tomou hoje, 12/01, uma das amigas mais queridas.

Num país tão cheio de impunidades, de violências, de mau-caratismo, dou adeus ao um dos coraçôes mais puros e gigantes que já conheci. Minha querida amiga Mônica, minha "terezuda", partiu, deixando em nós a lembrança de seu sorriso contagiante e de sua imensa capacidade de amar e fazer o bem. Vou sempre lembrar dela como nessa foto.

Reproduzo aqui o depoimento que deixei pra ela no orkut, por ocasião do seu aniversário:
terezuda, amo-te!
de uma maneira insana, inexplicável!
coisa de pele, de santo.
desde o primeiro momento,
sensação de reconhecimento,
de intimidade, de cumplicidade,
de pertencimento!
se é verdade que não fazemos amigos,
mas sim os reconhecemos,
te disse 'oi' de imediato!
e pra sempre!

É pra sempre, esteja você onde estiver!
(Eu sei que você lia isso aqui... não é porque morreu que vai deixar de ler!)

quinta-feira, janeiro 10, 2008

FELIZ ANO VELHO





É claro que, tendo uma vida como a minha, regida pelos altos e baixos do destino, o ano começou bem e ficou oscilando entre isso e o péssimo.

A virada foi sensacional, com a tradicional festinha de aniversário da Carol, seguida da queima de fogos na praia, em Cabo Frio. Foram 16 minutos de fogos lindos, com um tempo fantástico e um agrtadável clima de galhofa. Depois disso, retornamos à festa da Carol e me esbaldei de cantar as músicas mais toscas do mundo num videokê.

E tudo só parecia melhorar: minha prima teve uma filhinha muito fofa no dia 03, e é a criança mais linda que já vi num pós-parto! E calma!

Além disso, ainda ganhei, com certo atraso, uma série de presentes de Natal, cada um mais legal que o outro!

Mas, como nem tudo são flores, coisas ruins aconteceram. Vou só citar a mais leve: na saída do supermercado, quando fazíamos as compras pra comemoração do aniversário da minha mãe, NÃOUM, MAS DOIS POMBOS CAGARAM EM MIM, AO MESMO TEMPO, EM DOIS LUGARES DIFERENTES DO MEU CORPO. Isso só acontece comigo! E EU ODEIO POMBOS!

O mais chato foi lavar a cabeça no banheiro do supermercado, com um sabão de coco fuleiro...

Aguardem, que vai piorar!