terça-feira, junho 03, 2008

HARSH REALM





No aniversário de minha querida amiga que ama os sapinhos, fui a Cabo Frio no intuito de matar as saudades e me divertir com essa criatura à noite, nas comemorações. Só que tudo que vi, na verdade, foram azulejos brancos.

Na verdade, tudo começou quando pisei em Cabo Frio, naquela tarde calorenta. Tinha combinado que, assim que eu fizesse o trajeto da rodoviária até minha casa, ia largar minhas tralhas por lá e rumaria para o centro da cidade, para encontrar minha mãe e minha cunhada, pois cometi a insanidade de me oferecer para ajudá-las nas compras do enxoval da minha sobrinha que estava para nascer.

Na pressa, decidi que iria comer na rua, quando as encontrasse. Mas, para não digerir meu próprio estômago de tanta fome, resolvi tomar um suco de uva em casa. Só tinha uma garrafa de água na geladeira, com cerca de 400 ml. Peguei a garrafa, o suco concentrado, fiz a mistura, mandei um gole pra dentro e... estava horrível!!

Coloquei açúcar, mais água, pinguei mel, dei três pulinhos, mas o gosto não melhorava. Tomei o restinho do suco em sofrimento, só pra não morrer de fome e fui pro centro.

Cerca de 3 horas (uma coxinha, um pastel de queijo e uma coca-cola) depois, parecia que um alien ia sair do meu ventre, tamanha a revolução e barulheira lá dentro! E eu tentando descobrir o que eu tinha comido no dia anterior pra me revivar as vísceras daquela forma... fiquei, é claro, achando que era culpa do tal suco de uva, que devia estar estragado!

Quando cheguei em casa, descobri que, realmente, a diarréia é mais rápida que a velocidade da luz, pois eu entrei no banheiro tão rápido que me aliviei no escuro mesmo. E lá fiquei, passando mal pencas!

Só depois de 1 hora entre idas e vindas do banheiro é que se fez a luz: mamãe toma um remédio para a pressão, cuja base é cloreto de magnésio. Alivia os sintomas de pressão alta, faz bem pra pele e solta bem o intestino. É um pó que ela dissolve em água e, todas as manhãs, ela tem que tomar duas colheres de sopa. Daí, a espertona guarda essa bodega numa garrafa de vidro. Na geladeira. SEM ETIQUETA! E eu, é claro, não sabia disso.

E, não sabendo desse detalhe, ADIVINHEM QUAL ERA TAL 'ÚNICA GARRAFA COM ÁGUA' QUE EU PEGUEI NA GELADEIRA PARA FAZER SUCO? A própria garrafa sem rótulo com o remédio dissolvido, da qual eu bebi cerca de 250 ml e cuja posologia era de DUAS COLHERES DE SOPA AO DIA! Óbvio que o resultado seria um duro reinado no trono de louça! Isso só acontece comigo!

Acabei não tendo condições de festejar com a Mari. E o pior: sabem a que horas eu fui dormir naquele dia? QUATRO HORAs DA MADRUGADA, MERMÃO!

Teve um dado momento em que eu pensei seriamente em levar livro e óculos pra ir ao banheiro. Depois, fiquei lamentando não ter um laptop com acesso à internet...

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