segunda-feira, abril 21, 2008

BODE EXPIATÓRIO
parte 13






Eu admito que não sou santo. Já comi muito biscoito e iogurte de graça em supermercados da vida e nunca fui pego em nenhuma das minhas tramóias.

Mas já dei um azar tremendo: FUI BODE EXPIATÓRIO DE UM DELITO QUE NÃO COMETI! E, do jeito que a justiça funciona nesse país, não posso nem dizer que isso só acontece comigo! E lá vem mais uma história velha!

Quando eu estudava em Campos, sempre tinha que passar por Macaé. Tinha uma loja de doces na rodoviária de Macaé, que a gente sempre passava por lá, ou pra comprar doces ou para tão-somente ver as 'novidades' e ficar com água na boca - mera distração nos 20 minutos que ficávamos parados por lá.

Acontece que, numa certa época, a lojinha vinha sofrendo uma série de pequenos furtos. E, é claro, o dono resolveu tomar providências.

Certa vez, depois da Páscoa, eu estava voltando de Cabo Frio para Campos. Na parada em Macaé, desci, fui esticar as pernas e dei uma volta na loja com meus amigos. O meu azar consistiu no fato de ter sido Páscoa e eu, esganado, estava com três bombons no bolso. É claro que, por ser gordinho e estar com uns três bombons para consumo próprio no bolso, o dono da loja achou que eu era o ladrãozinho e chamou o segurança. Foi um inferno!

O segurança me agarrou, me revistou, tive que bater boca, queriam me levar preso (e eu era menor de idade). Só não fui levado de lá porque consegui provar que a loja não vendia 1 dos 3 bombons que estavam no meu bolso (daqueles bombons vagabundos da Arcor, o "Amor doce amor").

O dono da loja me pediu desculpas e tal, mas nada pode apagar a humilhação e a vergonha dos olhares que recebi. Mó chato!

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