quarta-feira, agosto 22, 2007

TUDO PARA FICAR COM ELE... O ESTÁGIO!
parte 02






E o ônibus não chegava nunca em seu destino!
Muito menos no MEU destino!

Mas, enfim, depois de mais de uma hora dentro do ônibus, o coletivo parou no ponto que nos indicaram... esse tal ponto ERA DO LADO DA ESTAÇÃO DE TRENS, o que teria encurtado nossa viagem para apenas 20 minutos!

Pensam que o sofrimento acabou? Claro que não! O ponto - e, conseqüentemente, a estação de trens - era próximo da FAETEC, sim. Mas era preciso transpor DUAS LADEIRAS ÍNGREMES PARA CHEGAR LÁ.

E fomos nós, eu e Rejane, debaixo de chuva, espremidos embaixo de UM guarda-chuva, pulando poças e poças de lama, pisando no chão de terra batida. Vencemos a primeira subida e lutamos pra não escorregar na primeira descida.

A segunda ladeira era menor, mas bem mais íngreme. E lá fomos nós novamente, eu e Rejane, debaixo de chuva, espremidos embaixo de UM guarda-chuva, pulando poças e poças de lama, pisando no chão de terra batida, ao som de um estimulante funk que tocava numa barraquinha de lanches no fim da ladeira.

Meus olhos famintos cobiçaram profundamente aquelas coxinhas xexelentas, aqueles pastéis murchos, aquelas empadinhas rançosas... tudo parecia apetitoso demais, devido ao meu prolongado jejum. Mas a pressa era grande e rumamos logo pra FAETEC.

Depois daquela burocracia básica de mostrar identificação, pegar crachá e pedir informações, entramos na FAETEC de Quintino. O lugar assustava um pouco, meio que parecia um presídio ou prédio de instituição correcional. Talvez isso tenha contribuído pra gente achar o clima pesado. Mas pode ter sido a minha fome com meu mau-humor e o dia estar chuvoso... Inclusive, depois disso, descobrimos que o prédio dessa unidade da FAETEC tinha sido, em tempos remotos, um prédio da FUNABEM.

Rodamos por váááááários minutos sem fim dentro da FAETEC, até finalmente acharmos a tal Coordenadoria de Estágios, que ficava no prédio da Direção. E, lá, tivemos que ficar esperando ser atendidos. Na sala de espera, tínhamos que lidar com as recepcionistas, muito cafoninhas. Uma delas chamou muito a minha atenção, não só por ser alta, loira, de longos cabelos crespos e profunods olhos azuis, mas sobretudo por suas sobrancelhas... ELAS NÃO EXISTIAM E TINHAM SIDO DESENHADAS COM LÁPIS DE OLHO! E, o pior: elas não seguiam o suave desenho das órbitas da garota, MAS ERAM UM RISCO RETO E GROSSO EM CIMA DOS OLHOS, COM UM SEGUNDO RISCO QUASE PERPENDICULAR E MENOR AO FINAL DELAS! Digno de filme de terror!

Enfim, dentro da Coordenação de Estágios, conversamos com uma das coordenadoras, ela avaliou nossos casos. Pra Rejane, ela foi enfática: não tinha vaga pra ela! Pra mim, as opções eram deliciosas: escolas distantes, de acesso remoto, com possível dominação de traficantes. Definitivamente, isso só acontece comigo! Eu ficava me imaginando numa dessas escolas, a noite, tendo que lecionar sociologia pra pessoas que não sabem o que é viver realmente a cidadania... fiquei arrasado! Mas, por fim, selecionei uma das menos piores e peguei a carta de recomendação. Na verdade, tudo o que eu queria era sair correndo de lá!

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