quinta-feira, agosto 30, 2007

TUDO PARA FICAR COM ELE... O ESTÁGIO!
parte final






Sei que, depois de encarar uma canjica estragada, deu meu dia por encerrado!
Pegamos nossos trapinhos - leia-se MUITOS papéis e documentos - e, novamente, fomos nós, eu e Rejane, debaixo de chuva, espremidos embaixo de UM guarda-chuva, pulando poças e poças de lama. Vencemos novamente as duas ladeiras modorrentas e rumamos para o ponto.

Ainda tínhamos que ir pro Centro do Rio pois, além desse martírio todo, ainda iríamos encarar 4 horas de aula - aula chata dá sensação de tempo mais lento: a cada 15 minutos parece que se passou 1 hora - com uma professora com um cabelo tão duro que lembrava uma cabeça de playmobil!

A canjica estragada deve ter feito a gente raciocinar melhor: resolvemos ir de trem. Eu tava tenso, porque nunca tinha andado de trem antes, ficava imaginando aqueles cacarecos velhos que eu via no Jornal da Globo no fim dos anos 1980, com pessoas praticando 'surf ferroviário' na linha que vai pra Japeri! Mas o trem até que era legal, parecido com os carros do metrô. Fiquei achando que todos eram assim - ledo engano, Leda Nagle: Rejane, habitante de Caxias, me disse que trens bonitinhos são exceção e que pra baixada são os trens que eu via no Jornal da Globo no fim dos anos 1980...

Afora os 30 minutos de espera na estação, o trajeto foi tranqüilo, exceto por uma infestação de vendedores ambulantes. Era incrível: a gente não passava 5 minutos sem ser importunado por algum deles. E vendiam de tudo: linha, agulha, chocolates, balas, canetas, compasso, transferidor, fita métrica, azeitona, lixas de unha, cola quente, biscoito de polvilho, borrachinhas coloridas, cartões diversos, mãe, drogas, livros, bolsas. Só não vendi uma bosta dum ESTÁGIO DECENTE! Garanto que comprava uns dois pra mim e pra Rejane!

O bom do trem foi que nos possibilitou chegar mais cedo no centro do Rio. Com isso, eu me minha amiga fomos passear no CCBB. Tinha uma exposição beeeeeeeeeeeem legal, sobre a arte na China contemporânea. A gente viu a exposição e, é claro, não podia deixar de pagar mico...

... pra começar, entramos num corredor imenso, achando que tinha umas salas de exposição, mas fomos acabar parando NA PORTA DO BANHEIRO!

Numa das outras salas de exposição, ficamos disfarçando enquanto seguíamos um grupo de turistas, que fazia uma visita guiada, só pra ouvir as explicações da guia!

Pior foi quando já tínhamos visto metade da exposição e um segurança me barrou, dizendo que eu não podia circular pelas salas da exposição com uma mochila nas costas! Isso só acontece comigo! Nenhum outro segurança tinha me barrado, até então. E o mais escroto é que ninguém - seguranças, guias e atendentes - sabia me explicar porque raios não se pode andar com uma droga de uma mochila xexelenta numa exposição!

(O engraçado é que pode andar de bolsa, de pochete, de maleta ou mesmo de mala... vai entender!)

Por fim, nos dirigimos para a aula e encaramos nosso sofrimento, não sem antes contar todo esse martírio pros nossos amiguinhos de sala...

... e vocês perguntam: MAS E O ESTÁGIO?
Quer saber? Nem aceitei! Ia dar muito trabalho, eu não ia ter companhia, nem motivação. No fim das contas, arranjei outro mais interessante (mas isso é outra história)!

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