sexta-feira, novembro 04, 2011

INCONVENIENTE




Eu sou sempre o primeiro a reclamar de gente inconveniente, que atrapalha o bom andamento de uma fila.
Posso até não expressar meu desagrado na hora, mas com certeza, mentalmente, estou xingando ou praguejando.
Até acho educado bater um papinho com os atendentes enquanto estão te atendendo - as meninas da bilheteria dos cinemas daqui de perto, por exemplo, me adoram - mas, acabado o serviço, V-A-Z-A! Deixa o atendente trabalhar e a fila fluir!
Então, é claro que, de tanto eu reclamar disso, o karma não ia me deixar impune...
Dia desses, na correria que foi a minha vida cinéfila no final do Festival do Rio, resolvi comprar meus últimos ingressos com antecedência, no guichê de atendimento.
Fui junto com a Pollyanna e, durante o processo de compra, fiquei batendo papo com os atendentes e... me distrai! Nessa distração, digitei a senha do meu cartão sem conferir o valor pago! E só depois que eu tava com os ingressos em mãos é que conferi o valor no canhotinho e vi que tava erradíssimo!
Daí, tive que retornar ao guichê e pedir o estorno do valor.
Só que NENHUM DOS VOLUNTÁRIOS DO ATENDIMENTO SABIA FAZER O ESTORNO DE UMA COMPRA EM DÉBITO!
Foi um tal de aperta botão, liga pra um liga pra outro, chama coordenador no rádio, chama a menina da bilheteria (que mesmo me adorando, não sabia operar especificamente aquela máquina de débito e, logo, não poderia estornar minha conta)... e a fila só aumentando, aumentando, aumentando!
Isso só acontece comigo: tentar facilitar tudo ao máximo pra, no fim das contas, acabar atrapalhando mais ainda!
Por sorte, depois de quase meia hora, uma das voluntárias do atendimento retornou de seu lanchinho e magicamente ele sabia estornar minha compra. Pelo menos só perdi tempo dessa vez...