sexta-feira, novembro 28, 2003

DEPOIS DO FUNERAL...

Situações bizarras e esdrúxulas estão sempre acontecendo em minha vida. E o pior é que eles não acontecem apenas em momentos divertidos como festas, noitadas, cinema e outros. Em situações chatas e/ou dolorosas também ocorrem fatos que me fazem pensar que isso só acontece comigo!

Vocês devem se lembrar da minha tia Nete, que fez uma festa surpresa pro marido e ele não apareceu. Pois bem, há pouco mais de um ano, tia Nete, depois de muita luta e sofrimento, deixou a nossa família órfã de seu amor.

Eu estava me preparando pra viajar para Campos, iria a uma big festa, convidado "de honra" com participação no evento, quando meu tio Mimico (irmão da minha mãe) me ligou avisando do falecimento de tia Nete. Refiz toda a minha programação e corri pra Cabo Frio, reunindo todas as forças que eu tinha pra ser o esteio dos parentes nesse momento chatinho.

Eu, meu irmão Felippe, minha mãe e meus tios Ilzio e Lino passamos a noite no velório, ao lado do caixão. Apenas fui pra casa às 6h da manhã, para dar um cochilo e acordar às 8h30. A minha tarefa no enterro, às 9h, seria a de carregar a coroa de flores da família.

E lá fui eu, com um óculos estilo abelhão, de luto, carregando a coroa de flores da família. Era bonita, cheia de flores do campo e com folhas bem verdinhas porque foram pintadas com uma tinta envernizada... fedia que era um horror!

Fiquei segurando a coroa durante o procedimento do enterro, tentado parecer estável e limpando meu nariz... Depois do enterro, ainda fizemos uma "social" no cemitério e, quando tudo e acabou rumei para casa com minha mãe, meus irmãos e meus avós.

Tudo o que eu queria era um banho relaxante depois de uma noite de vigília e desse estresse emocional. Quando entro no banheiro e começo a tirar a roupa, me olho no espelho e tenho uma reveleção: MEU NARIZ ESTÁ VERDE! Olho para as minhas mãos e elas também estão esverdeadas. Achei que ia morrer junto com tia Nete! Desabei a chorar...

Mas depois me dei conta de que aquilo nas minhas mãos nada mais eram que resquícios da tinta das folhas da coroa de flores. E que tinham ido parar no meu nariz nas várias vezes que o cocei durante a cerimônia.

O pior foi quando me dei conta que eu passei praticamente o enterro e o "pós-enterro" todos com o nariz verde! E ninguém me avisou nada! Com certeza, ninguém será capaz de negar que isso só acontece comigo!

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