sexta-feira, novembro 07, 2003

No capítulo anterior, vimos que Andreh, e Di transformaram seus lindos "shapes" em monstruosidades cafonérrimos pra curtir numa festa muito louco onde até a cristaleira dançava. Penalizados com o estado lastimável da Polinha, nossos quase-heróis resolveram dormir no local da festa. Depois de se depararem com a loura-maluca, a noite lhes reservava mais surpresas!
Segue agora a saga da...

FESTA DO CAFONA
Capítulo Final e Derradeiro


Depois do espetáculo da loira-cafona-louquíssima-preocupada-com-a-Polinha, resolvemos dormir... como estávamos muito cansados, teríamos conseguido dormir muito facilmente se não fosse o maldito telefone da casa da avó da Polinha, que tocava insistentemente. Como a casa não era nossa, resolvemos não atendê-lo. E o telefone tocava, tocava, tocava, tocava, tocava, tocava e eu me irritava... , num arroubo alcoólico de inteligência e coragem, levantou-se e tirou o telefone do gancho!

A partir dessa ação, a noite transcorreu tranqüila até que, por volta das 6h da manhã, a campainha da casa toca. Eu me levanto pra atendê-la alguns segundos depois da Di ter aberto a porta. Agora, conto com a capacidade de abstração de vocês pra imaginar a seguinte cena: eu, semi-vestido de cafona, descabelado, com cara inchada de sono, chegando na porta da casa e encontrando a Di descabelada e com cara de sono falando COM O "CONDE"*, O PAI DA POLINHA!!! Minha cara foi ao chão e voltou! Não sabia se eu corria, se eu me escondia, se eu morria, se eu desapareceria no ar, se eu faria divisão celular até sumir... O Conde entrou na casa e a Di falou com ele que a Polinha não se sentiu bem (omitindo, é claro, o fato dela ter bebido todas) e resolveu dormir lá etc.

Quando o Conde, meio ressabiado, foi embora, achamos que dormiríamos tranqüilos... por volta das 8h da manhã, a campainha tocou novamente. Ficamos preocupados, mas eram apenas duas senhorinhas Testemunhas de Jeová que queriam insistentemente converter a Di... Mal sabiam elas ao grau de pecaminosidade que emanava daquela casa depois da festa! :P

A pobre Di levou mais de meia hora sofrendo nas mãos das senhorinhas... Daí, sentamos todos pra resolver como faríamos para ir embora. A Vanessa, amiga da Polinha, ficou de nos pegar de carro por lá e de nos levar até a casa da , e levar a Di e a Polinha pra casa, para elas poderem ir ao show do Chiclete com Banana.

Dilene: - Polinha, nós vamos de carro coma Vanessa...
Polinha: - Ah, não, Di! De carro não... eu tô sofrendo... o carro movimenta! - E ela desatava a chorar.
Dilene: - Mas é melhor a gente ir de carro. A pé não dá pra ir, né Polinha?
Polinha: - Eu não vou conseguir, me salva, Di...

Perdi a conta de quantas vezes esse diálogo se repetiu! Parecia conversa em loop!

Quando a Vanessa finalmente chegou, senti um alívio, aquela sensação gostosa de "enfim, o pesadelo acabou"... A saiu na frente com a Polinha, eu e a Di fomos pegar algumas coisas que tínhamos que levar. Quando saio da casa, enquanto a Di trancava a porta, olho para o carro e mal-vejo a Vanessa, de tanta purpurina que cobria o corpo da criatura. Fiquei meio confuso... afinal, a festa cafona não tinha sido no dia anterior?

Nesse momento, a Vanessa me vê e sorri. No ato de sorrir, ela fecha os olhos e eu vejo a cena mais indescritível da minha vida: ela tem quase 1kg de purpurina e sombra azul-turquesa em cima de cada pálpebra. Quase fiquei cego, tal foi a luminosidade.

A saiu do carro pra me ajudar a pegar as sacolas e, como a gente tem uma conexão muito forte, nem precisamos falar muito que notamos o show de luzes na Vanessa.

Dentro do carro, pra dar vazão às milhares de risadas que estavam dentro de nós devido ao visual iluminado da moça, eu contava as piadas mais sem-graça da face da terra. O que a gente não faz pra poder rir livremente...

Pensam que acabou? Pois bem, pra finalizar esse momento inesquecível da nossa vida, a Vanessa, pra adiantar o lado da Polinha, resolveu nos deixar (eu e ) NO MEIO DA PRAÇA SAENS PEÑA, EM PLENO MEIO DIA, VESTIDOS DE CAFONA! Nem preciso dizer que atraímos todos os olhares. Isso só acontece comigo!

A minha desgraça só não foi maior porque eu dei uma descansadinha básica na casa da e depois fui pra minha casa. A pobre , depois do descansinho, ainda teve que ir estudar na casa da amiga... na Ilha!

*Chamamos o pai da Polinha de CONDE não porque ele tenha descendência nobre, mas sim porque ele se parece fisicamente com o ex-prefeito do Rio, o Luiz Paulo CONDE!

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