Dia desses, reencontrei um galerão de Cabo Frio, todos crias da escola onde estudei. Embora não tivesse estudado com nenhum deles - eram todos da turma do meu irmão e do meu primo - conhecia boa parte das pessoas e me diverti bastante com esse encontro.
Daí, nas nossas reminiscências, ficamos contando várias histórias da época da escola, várias lembranças preciosas, algumas até que poucos lembravam... E eu lembrei de uma história antiiiiiiiiiga...
Eu devia ter uns 14 anos. Havia ido à escola buscar meu irmão caçula, o Daniel, junto com minha mãe e uma amiga dela, tia Margareth. Aproveitando a proximidade da escola, visitamos a minha tia Nete. Saindo da casa de tia Nete, estava chovendo muito. Como só havia um guarda-chuva, propus que mamãe e tia Margareth o usassem, pois eu e Dani iríamos apostar corrida até chegar no carro. Ainda ia ser divertido pela covardia da corrida: meu irmão é 6 anos mais novo e, assim, eu ia ganhar a corrida e sacaneá-lo por hooooooooras a fio!
Aí, saímos correndo e, como bom irmão, dei uma vantagem pro Daniel. E corri! Corri muito! Corri alucinadamente! Quando cheguei bem perto do carro, na direção da porta do carona e que ia botar a mão na maçaneta, tudo ficou estranho. De repente, eu não estava mais vendo a maçaneta e sim a roda do carro. Eu sentia meu corpo meio gelado e tinha uma sensação de que algo aconteceu, que algo estava errado, fora do lugar, mas não consguia imaginar o quê...
É que, simplesmente, EU ESCORREGUEI MUITO RAPIDAMENTE E CAÍ, ENTRE O CARRO E O MEIO-FIO, ME ESTATELANDO NA LAMA GELADA! E foi tão rápido que eu não conseguia entender o que estava acontecendo... isso só acontece comigo!!
O bizarro foi o povo todo - mãe, tia, irmão, pessoas da rua - correndo pra ver se eu estava bem, e eu lá, paradinho na lama, sem entender nada!
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