segunda-feira, abril 12, 2004

FORÇAS DO DESTINO

Quando eu ainda estava na faculdade, cursei uma ótima disciplina denominada "Brasil Indígena", onde estudávamos vários aspectos da história e da cultura dos índios no Brasil, desde as hipóteses de sua chegada a essas terras, bem como onde eles se encontram atualmente.

E, certa vez, a gente veio de Campos ao Rio para um Congresso Indigenista, na Quinta da Boa Vista. Tivemos um dia bem corrido, mas bastante agradável. Obviamente, língua de aluno é ferina e nós passamos o dia inteiro falando mal de uma professora nossa, de cuja matéria faríamos prova no dia seguinte. O dia passou, fomos embora e, na Rodoviária-Inferno Novo Rio, adivinhem quem entrou no nosso ônibus? A própria, a Megera Indomável, a Carcará Sanguinolenta, a Sereia do Valão, a Paquita do Inferno, a Górgona Descabelada: A MALDITA DA PROFESSORA DE QUEM FALAMOS MAL O DIA TODO e que, automaticamente, percebeu que não passamos o nosso "dia livre" estudando para a prova.

Passado o susto inicial, me deparei com uma deusa na cadeira do ônibus atrás da minha. Puxei papo com uma deusa e fiquei extasiado, babando... depois de hooooooooras de viagem, quase chegando em Campos, segue-se o seguinte trecho de diálogo, quando reparei o lindo moleton do Mickey que ela usava:
Andreh: - Cara, minha amiga Tissa tem um moleton igualzinho a esse, só muda a cor!
Deusa: - Verdade? Ela tem bom gosto... eu adoro o Mickey!
Andreh: - Eu também, mas prefiro o Pateta! Ela comprou o dela quando foi na Disney. Você comprou o seu lá também?
Deusa: - Não, eu nunca fui lá... Esse aqui eu ganhei do meu NAMORADO!

Aquela palavra ecoou por longos instantes na minha cabeça. Porque SÓ NO FIM DA VIAGEM a garota foi me dizer que tinha namorado? Podia ter poupado minha saliva e disposição e me deixado dormir pelo menos desde Macaé... Eu não mereço isso!

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