sexta-feira, julho 02, 2004

MARIA, MARIA

Esta história foi inspirada por um post de 29/02/2004 da Giovanna Cantarelli. Guardei essa 'recordação' por muito tempo por causa da série "onibusfobia" e me lembrei dela agora porque apareceu do nada na minha cabeça um monte de histórias de 'fundo religioso'... Então, vamos lá!

Minha mãe é uma pessoa muito criativa. Nos diversos feriados do Natal que passamos juntos, ela sempre tinha algo muito inventivo. Já tivemos árvores de verdade, árvoras de plásticos, árvores sem enfeites luxuosos, árvores feitas com galhos secos etc. Por muitos anos, nosso presépio também era variado: ora feito por playmobil, ora feito por bonecos de papel marchê e outras coisas malucas que brotavam da mente fértil de d. Tetê (doravante tratada neste post como "mamãe").

Certa vez, mamãe fez um presépio de chocolate. Ela comprou várias formas de chocolate no formato dos personagens, derreteu o chocolate e fez todo o presépio. Alguns eram feitos de chocolate puro, outros tinham passas e/ou amendoim e/ou flocos de arroz e/ou outras coisinhas mais que a cabeça privilegiada de mamãe pudesse inventar.

Ficou combinado que, depois do Natal, a gente poderia comer os chocolates do presépio. Quando mamãe, tal qual a Estrela de Belém, anunciou a boa-nova de que poderíamos degustar os chocolates do presépio, eu - mais esperto que os outros ursos - quis indicar quais seriam os personagens que eu queria devorar (pois eu era uma criança gorda e queria os que tinham mais chocolate) e gritei imediatamente: EU QUERO COMER MARIA!

Silêncio... comoção... GARGALHADAS! Nunca que eu ia imaginar que tal frase pudesse ter duplo sentido!! É... herege desde a mais tenra infância! Isso só acontece comigo!

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