sábado, novembro 27, 2004

VAI SACUDIR, VAI ABALAR - parte 6

Hoje, uma história emocionante e um depoimento emocionado da Piggy:

Nos conhecemos há dez anos e defino Andreh como um perfeito ímã de micos. Quando se está perto dele, uma dessas duas coisas fatalmente irá acontecer: ou ele vai pagar um tremendo mico e você vai morrer de vergonha junto com ele (podem ter certeza que sempre sobra pra quem tá com ele também) ou alguma outra pessoa que faz companhia a ele irá pagar um belo micaço! Também devo dizer que ele é uma pessoa muito sensível às dores alheias, principalmente as minhas. Por causa disso ele sempre me convida pra passar uns dias em sua casa em Cabo Frio, lugar que eu amo. Na qualidade de pobre, eu geralmente não tenho grana pra alugar uma casa no verão, então ele faz essa caridade.

Certo carnaval, ele convidou a mim,
Graziella Maria e Cândida. Porém, ele, os dois irmãos e a mãe passam o carnaval na casa dos avós dele, já que alugam a própria casa durante esse período. Andreh foi muito legal em fazer isso porque a casa dos avós dele é pequena e ia ficar lotada com mais três pessoas, além das despesas e tal. Mas ele é fofo assim mesmo.

Bem, nós íamos pra rua curtir, rir da cara dos outros e requebrar 'animadamente' ao som do super hit da axé music 'Vai sacudir, vai abalar...'.Essa era a nossa maneira de aproveitar o carnaval ao máximo e não incomodar os avós dele além do necessário.
Num belo dia de carnaval, nós tínhamos torrado na praia o dia inteiro e quando já estava escurecendo - tanto o dia quanto nós - decidimos voltar pra casa pra comer alguma coisa e tirar a meleca formada pelo sal e suor de nossos corpos, pra então retornarmos à gandaia.

Nos empanturramos de pão e clight e
Graziella pegou a toalha de banho dela e disse que já não tava se agüentando de tão suada. Quando ela ia entrar no banheiro, Dani, o irmão mais novo de Andreh, entrou na frente dela. Nós deixamos pra lá e continuamos a falar as merdas de costume. De repente, percebemos que o Dani tava demorando muito no banheiro.
Só pra vocês entenderem melhor, o lugar em que estávamos sentados na cozinha dava de frente pro corredor onde ficava o banheiro.

Graziella, que é uma pessoa totalmente extrovertida e sem noção, começou a sacanear, falando bem alto e batendo na porta do banheiro: Pô, Dani, pára de cagar aí. Eu quero tomar banho!
Ela voltou a sentar, e nós ficamos mijando de rir, cada um contribuindo pra zuar com a cara do
Dani. E Graziella sempre: 'O negócio tá feio pro seu lado, hein!? Pô, caga depois! Sai logo desse banheiro! Que saco!'

Eu estava de frente pra ela e de lado pro corredor. Do nada,
Graziella se encolheu toda e enfiou a cabeça na toalha de banho, rindo histericamente. Quando olhei pro lado, VI O AVÔ DO ANDREH SAINDO DO BANHEIRO!!!

Caramba, eu nunca presenciei um mico desses na minha vida! A gente tava de favor na casa do homem e
Graziella conseguiu fazer isso! Seu Lorinho deve ter pensado "Que merda! Andreh chama essas garotas pra cá e eu ainda tenho que agüentar isso!". Até hoje eu não entendi como o Dani saiu do banheiro e o avô dele entrou sem que tivéssemos visto... vovô só pode ser o David Blaine!

Nem preciso dizer que nós tivemos crises e mais crises de riso e que zuamos Graziella enquanto ela fez parte do nosso convívio... Eu e
Andreh sempre nos lembramos desse dia e nos divertimos com isso até hoje, com a certeza de que isso só acontece comigo... ou melhor, conosco!

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