sexta-feira, abril 07, 2006

IRMÃOS CARA-DE-PAU





Amanhã, 08/04, é aniversário do meu irmão Felippe. Eu tenho um amor muito grande pelos meus irmãos, mas demonstro de uma maneira muito peculiar. Tanto é que, quando Felippe nasceu, diz mamãe que eu, do alto dos meus 2 anos e meio de vida, era muito carinhoso com ele: eu pegava os pés dele e ficava "amassando" os dedinhos dele enquanto, muito dissimuladamente, eu dizia "que coisinha liiiiiiiiiiiiiinda"!

Sim, eu sou falso e dissimulado desde a infância, assim como sempre falei corretamente! Mas a minha família é cercada de figuras. O próprio Felippe, por exemplo, é uma figura ímpar. Ele já fez muita merda na vida... mas o que se esperar de uma criança que, aos 2 anos de idade, quebrou a clavícula? DUAS VEZES! SEGUIDAS!

Felippe sempre foi meu companheiro em muita coisa. Inclusive, nosso primeiro porre foi juntos. Eu devia ter quase 10 anos, Felippe tinha pouco mais que 7 anos. Mamãe sempre manteve trancadas numa arca antiga umas garrafas de bebidas, para as visitas e para o seu belprazer. E ela sempre gostou de CONTINI (coisa de mãe suburbana)... daí, a gente via mamãe bebendo um ou outro gole e comentando o quanto aquilo era gostoso. Eu, na qualidade de criança curiosa e gorda, queria logo experimentar, mas ela não deixava, porque aquilo não era bebida para criança.

Daí, eu e Felippe bolamos um plano infalível (eu lia muitas revistinhas da Turma da Mônica, admito) pra nos apossarmos de uma das chaves da arca e podermos experimentar o Contini. Enquanto eu distraía mamãe com uma 'briga' com meu irmão caçula, Felippe se esgueirou pra furtar uma chave da arca. Depois disso, esperamos uma tarde livre de mamãe e fomos provar o tal do Contini. Acho que bebemos meio copo cada um. Tudo parecia bem, tudo normal, nada de gostoso. Quando levantei do sofá, imediatamente caí sentado de volta. EU NÃO CONSEGUIA LEVANTAR, ACABAVA SEMPRE FICANDO ZONZO. Sentado, tudo estava perfeito. Em pé, o mundo rodava! Era isso que significava ficar bêbado? Será que, dessa maneira estranha, isso só acontece comigo?

Felippe, coitado, ficou apavorado. Ele começou a chorar. Mas consegui acalmá-lo e ficamos deitados no sofá, em cima da garrafa, esperando o 'porre' passar! Acabamos tirando um cochilo. Só acordamos quando mamãe chegou em casa. Ainda tive que dar uma tapeada na velha pra, depois, escondido dela, levantar do sofá e recolocar a garrafa no lugar. O pior é que Felippe nem lembra dessa história hoje em dia...

Nenhum comentário: