sexta-feira, outubro 31, 2003

Seguindo ainda com o tema de "celebrações", a vive me cobrando contar as histórias de uma certa festa cafona que fomos há cerca de ano:

A FESTA DO CAFONA!
Parte 1


Era aniversário da Polinha, uma das pessoas mais legais que eu já conheci. Ela nos convidou pra comemoração, que seria uma festa cafona na casa que foi da avó dela. Eu estava na expectativa, sobretudo porque a Polinha é super-animada e eu não esperava menos animação da sua festinha.

Combinei com a Di de nos encontrarmos na casa da , na Tijuca, pois a festa seria nos cafundós Rio Comprido (na rua d. Cecília) e seria mais fácil sairmos todos juntos da casa da .

Já no ônibus, começou o meu calvário: saí atrasado de casa e peguei o 410. Nossa Senhora, protetora dos usuários de ônibus volteadores! O ônibus rodou tanto que cheguei a ficar com tonteira! Era um tal de entra gente, sai gente, pára em sinal, pára em ponto, entra numa rua, sai na outra rua... levei mais de uma hora pra fazer o trajeto Botafogo-Tijuca, algo que deveria durar no máximo 30 minutos se o maldito ônibus fizesse um trajeto racional.

A minha diversão dentro do ônibus, fora as pessoas estranhíssimas, era falar com a e com a Di (me esperando, famintas) por telefone. E elas ainda me pediram pra descer no ponto do supermercado Mundial, cheio de tralhas e com uma mochila pesada, pra enfrentar uma fila cheia de gente feia e indisposta, só pra comprar uma garrafa de Malibu! :P

Na casa da , nos arrumamos e chegamos à conclusão de que poucas pessoas no universo conseguiriam ser mais cafonas que nós. E, já prontos, decidimos rumar para a festa.

A casa da ficava na rua Barão de Mesquita, perto da Igreja de Santo Afonso. Rumamos para um ponto de táxi que tem ali por perto. Estávamos tão cafonas que as pessoas da rua paravam para nos olhar. O ponto de táxis ficava em frente a um ponto de ônibus, que estava lotado de pessoas. Ficamos séculos de anos-luz esperando aparecer algum taxista pra nos levar e já havíamos virado motivo de gozação no ponto de ônibus (e no restaurante ao fundo do ponto de táxi) por causa do nosso visual harmônico. Isso só acontece comigo!!

Pra vocês, leitores, terem uma idéia do nosso "look":



(clique na figura para aumentá-la e ver nossa desgraça visual com mais detalhes)
Dilene (perua-cafona), Andreh (breggae-nights) e Letícia (empregada-doméstica)

Podem ser sinceros, nós éramos um monumento à breguice!

Enfim, depois de uma eternidade esperando, apareceu um taxista, que mal conseguia conter o riso. Ele nos levou até a casa da avó da Polinha... mas não parava de rir e ficava nos dando altos toques de coisas cafonas como, por exemplo, colocar a etiqueta pra fora da roupa (dica infalível que foi seguida à risca).

Fomos praticamente os primeiros convidados a chegar, já meio altos por causa do Malibu. A Polinha parecia uma garotinha dorminhoca de novela mexicana, com uma mini-blusa azul escura e uma calça "saintropeito" com listras verticais grossas azuis e brancas... Que bicho!

Aliás, as roupas foram monstruosas! À medida que os convidados chegavam, mais e mais gargalhadas rolavam. Eram vestidos dourados, laçarotes gigantescos, chapéus estranhíssimos... A , por exemplo, parecia uma mistura de Mary Poppins com Madonna espanhola no clipe de "La Isla Bonita". Que meda!

O som estava tão legal e o pessoal estava tão animado que até a cristaleira (que aparece ao fundo da foto) dançava alegremente. Que medo daquilo cair!!

A Polinha, beberaça, caiu dura na cama cedo e curtimos a festa sem ela, cantamos parabéns sem ela, comemos bolo sem ela. As pessoas começaram a ir embora e eu, e Di, com medo de deixar a Polinha sozinha, resolvemos dormir na casa com ela. E dormir foi o que a gente menos fez.

Às 3h da manhã, ainda estava no maior pique, louquíssima, conversando animadamente comigo e com a Di. Ela segurava numa mão um pedaço de bolo e na outra um copo de refrigerante. O chão bebeu muito mais refrigerante que ela e o bolo parecia "highlander", porque não acabava nunca (claro, ela não parava de falar, ia comer como?).

A Di, pobre-coitada, morria de frio depois de ter sido "abandonada" por Claudinho35, seu tarado de plantão... Pra fugir do frio, ela se cobriu com a blusa rosa que a está usando na foto.

Num dado momento, enquanto estávamos no quarto, meio conversando, meio dormindo, meio vigiando a Polinha (que dormia, mas tava passando mal pacas), entrou no quarto uma loura louquíssima, com cara de aflita:
Loura Louca: - Cadê a Polinha? Onde está a Polinha? Eu PRECISO ver a Polinha!
Andreh: - Serve essa aí na cama, DO SEU LADO?
A loura se virou, viu a Polinha, fez uma cara de misericórdia cristã, passou a mão nos cabelos da aniversariante e lhe beijou a testa. Depois virou-se e disse:
Loura Louca: - Gente, diz pra Polinha que EU estive aqui?
Andreh, Lê e Di: - ...
A pergunta que não quer calar: QUEM É ESSA GAROTA?? Até hoje não sabemos...

Pensam que acabou? Que nada! Na próxima semana, a festa cafona continua...

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