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A ELEIÇÃO

O processo eleitoral já acabou na maior parte do Brasil, mas em alguns lugares outras pessoas ainda vão ter que aturar propaganda eleitoral gratuita e candidatos prometendo mundos e fundos...

Em período eleitoral, a gente vê cada coisa. Há pouco mais de um mês, coloquei um texto no Quadrado Imperfeito falando sobre os candidatos esdrúxulos que a gente vê por aí. Mas não é apenas de candidato esdrúxulo que vive uma eleição.

No domingo da eleição, vi uma série de pessoas esdrúxulas fazendo boca-de-urna, usando camisas estranhas, distribuindo 'santinhos' e outros brindes fuleiros, pessoas arrumadas como se fossem a uma grande evento, em contraste com outras tão desmazeladas que chegavam a revoltar o estômago.

Mas o ápice da cafonice e da esquisitice eu vi quando fui acompanhar minha avó - que não enxerga muito bem - no ato de cumprimento de seu dever cívico - ela pode não enxergar, mas é politicamente consciente. Quando estávamos saindo do Colégio onde funciona a seção eleitoral onde Vovó e Dani votam, nos deparamos com um cara vestido como se fosse a um bailão de peão em Barretos.

O cara usava uma camisa social rosa clara, de manga comprida, ajeitada dentro de uma calça tão apertada que dava pra ler o número do cartão de crédito no bolso do cara... esse conjunto estava emoldurado por um cinto cuja fivela mais parecia um escudo medieval. O indivíduo ornava sua cabeça com um indefectível chapéu branco de peão, daqueles que tem uma tirinha preta. O detalhe mais impressionante dessa produção toda era a botas: de bico fino, eram de pares diferentes! Uma delas era caramelo e a outra era preta... eu não mereço isso! Até hoje, estou bestializado com o visual dessa criatura! :P