sexta-feira, julho 28, 2006

COMPULSE



Procurando pêlo em ovo!


Eu já citei vagamente aqui que tenho uma compulsão besta: tirar cabelos/pêlos das roupas das pessoas. Não sei porquê, mas me incomoda profundamente ver cabelos pendurados em roupas ou mesmo quando ele já caiu porém ainda se encontra pendurado ou revolto nos outros cabelos das pessoas.

Sim, eu sou uma pessoa bizarra e, até onde eu sei, isso só acontece comigo (embora eu desconfie que haja gente tão ou mais maluca que eu nesse quesito).

Já virou uma espécie de hábito automático: quando vejo um cabelo preso na roupa de alguém, enfio logo o meu mãozão e tiro na cara dura. e, é lógico, isso já me rendeu situações constrangedoras. É que eu não me satisfaço em tirar os cabelos das pessoas que eu meramente conheço, mas também de gente desconhecida.

Como eu disse, é algo automático, nem sempre estou prestando atenção no que estou fazendo. Eu posso estar no metrô e, com todo o cuidado, remover um ou dois fios de cabelo caídos que estavam grudados na linda blusa rosa da desconehcida a minha frente. Ou, na fila do supermercado, reparar que a pessoa na minha frente tem um fio de cabelo caído no ombro. Daí, automaticamente, vou lá e tiro o cabelo. Posso até fingir que me desequilibrei e me apoiar na referida pessoa e, com isso, enxotar o fio maldito da blusa da pessoa.

Já aconteceu de, numa reunião de departamento, eu cruzar parte da sala só pra tirar um enorme fio de cabelo que estava emaranhado entre outros na cabeça de uma moça que trabalah comigo. Porque o maldito fio tava lá, me afrontando, espichadão, pedindo pra ser retirado daquele bolo de cabelos, porque já havia cumprido sua função social de enfeitar a cabeça da moça e necessitando do seu descanso e posterior decomposição etc.

Mas a pior situação aconteceu um dia desses. Estava eu andando calmamente pelas ruas de Botafogo e, num sinal de trânsito, me deparei com uma jovem mamãe, empurrando um carrinho de bebê, acompanhada de seu marido. O cabelo tava lá, enorme, pendurado no ombro, escorregando até a direção dos seios dela. Uma afronta! Eu tinha que resistir! E o maldito sinal não abria! Parecia uma eternidade!! Até que não resisti, pedi licença, tirei o cabelo, joguei na lixeira ao lado do sinal de trânsito e fiz minha melhor cara de paisagem. Atravessei a rua com a maior dignidade que pude, sem olhar pra trás...

... isso não é vida!

Nenhum comentário: