sexta-feira, maio 30, 2003

Hoje, vamos voltar ao que eu faço de melhor: CAIR!

Na verdade, esse é um post específico sobre "cair de cabeça no chão". Já tive vários acidentes com a cabeça (se bem que nada supera a FBI Special Agent Dana Scully de "The X Files"), mas, como me dizem sempre, não era grande problema se eu morresse ou ficasse (mais) lesado... Pois bem, hoje eu queria relatar alguns dos meus tombos que resultaram em muita, mas MUITA dor de cabeça.

Não preciso dizer que sou um pouco estabanado... que eu vivo caindo, tropeçando, derrubando coisas. Pois bem, que eu me lembre, a minha primeira grande e dolorosa queda de cabeça no chão foi quando eu tinha uns seis anos e uma bicicletinha Caloi com rodinhas. Fui tomar impulso pra subir na bicicleta. Subi de um lado e caí de outro. Ou seja, quando levantei a perna e comecei a me ajeitar no selim da bicicleta, por algum motivo desconhecido, me desequilibrei e cai pro lado, batendo a minha pobre e avantajada cabecinha no chão. Me lembro menos da situação e bem mais da sensação estranha de ver o mundo daquela perspectiva, de não entender o que havia acontecido. E fiquei lá, com a cabeça doendo e estirado no chão. Doeu pra cacete, mas o médico disse que não foi nada, que é normal criança cair etc.

Pois bem, quando eu tinha uns 10 anos, estava na 4ª série e era um dos campeões de "queimado" da escola (a minha dupla - eu e a Maria Teresa - era imbatível, terminamos o ano invictos). Numa das partidas de queimado, enquanto eu - sozinho no meu time - desviava de uma bola, perdi o equilíbrio e caí pra trás, com a cabeça no chão. Eu não consegui levantar, tinha ficado estirado e estarrecido ao mesmo tempo. As pessoas correram em minha direção e se aglomeraram em torno de mim, esperando alguma reação, com aquelas caras assustadas. Tudo me parecia muito irreal, exceto a dor absurda que eu sentia... Uma das moças da secretaria da escola viu o momento terno de amor e atração que o chão exerceu sobre a minha pessoa; ela veio correndo, afastou os "passantes" e me levou pra enfermaria. Depois, quando fui ao hospital, o médico disse que não foi nada, que é normal criança cair etc.

Meu terceiro "tombo de cabeça" mais marcante foi aos 13 anos. Era verão, estávamos na casa da minha avó. No quintal, havia dois pequenos canteiro onde existia uma árvore em cada, separados por uma distância de cerca de 2 metros. A primeira árvore foi derrubada e o canteiro foi cimentado, para dar lugar ao nosso carro... Eu estava no meio de um cruel e mortal duelo de peteca com meu irmão mais novo quando, de repente - e não mais que de repente - eu pisei em falso nesse canteirinho cimentado e caí...

Foi a queda mais sensacional da minha vida, porque eu fui andando para trás, tentando me equilibrar, sacudindo meus braços como uma formiga frenética... andei tanto nesse fenesi de semi-(des)equilíbrio que foi cair de costas, batendo com a cabeça na borda do canteiro... uma queda em câmera lenta. Acho que foi a primeira vez que caí e me dei conta da perspectiva se alterando durante o caminho...

Ah, tá, doeu muito, até tive um corte (que, graças a Deus, não precisou de pontos - só a idéia de levar pontos me dá calafrios) mas, como não podia deixar de ser, o médico disse que não foi nada, que é normal criança cair etc.

Talvez seja por causa dessas quedas que eu seja tão lesado. Isso só acontece comigo! :P

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