sexta-feira, março 04, 2005

GATOS NUMA ROUBADA

Eu andava meio nostálgico por causa da Grampola, a gatinha de lá de casa, que morreu de velhice em pleno carnaval. Grampola era uma gata calma, meio indolente... Ela já chegou grande lá em casa, mas nunca foi arisca, não dava trabalha. Aliás, era uma verdadeira come-e-dorme (nesse aspecto, rolou alta identificação com meus irmãos). A gente até tentava agitar a vida dela apresentando alguns vira-latas ou chacoalhando a gata, ou ainda rodando descontroladamente com ela no colo, mas ela era super-zen!

Daí, eu estava lembrando de todos os gatos que já passaram pela minha vida. Lembro da Juma, a gata vira-lata que o Raffy catou na rua pra morar lá no antigo apartamento. Ele cuidou da gata com mais amor que muitos aí têm por seus filhos. Aliás, sem correr o risco de ser leviano, ele amou mais aquela gata do que a qualquer pessoa na vida dele! Mas a gata era uma demônia!! Na segunda semana da gata no apartamento, eu a encontrei 'sambando' no meu xaxim!! Tinha terra espalhada pela casa inteira! E pedaços de planta por todos os lados... fui obrigado a dar uma surra nela, algo disciplinante, sabem? Óbvio que eu não disse pro Raffy que bati na gata.

Depois, a Juma aprontou outra muito boa comigo: ela destruiu as palmilhas de um dos meus tênis. Cheguei em casa e havia migalhas e frangalhos das palmilhas espalhadas por todos os cantos da casa. Eu me perguntava o que eu havia feito pra merecer tanta ingratidão daquela gata. Ela chegou desnutrida, doente e sem pêlos naquela casa... o Raffy a internou num hospital veterinário e fui eu quem passou um dia inteiro ajoelhado no chão do apartamento, borrifando veneno anti-pulgas pela casa em todos os lugares (até um metro de altura das paredes). Tomou outra surra disciplinadora!

A melhor história da Juma, porém, envolve outro tipo de sujeira: ela comeu uns fios de cabelo da . E, os fios saíram do organismo dela, mas alguns mais longos ficaram agarradinhos na bundinha dela... e ela resolveu passear pela casa, deixando pelo chão da casa um fino rastro do cocô grudado! Isso só acontece comigo!

Outro que não teve muita sorte foi o meu amado gato Herbert! Ele tinha muito amor e carinho lá em casa. Mas, por sua vida agitada, acabou pegando pulgas. Minha mãe, esperta como ela só, comprou um remédio anti-pulgas, dissolveu em água e tacou no gato. E ele sumiu. E nós ficamos inconsoláveis. Nesse dia, na hora em que fomos dormir, minha mãe sentiu um cheiro estranho no quarto e, quando arrastou a cama, encontrou Herbert, DURO IGUAL A UM PEDAÇO DE PAU! Nem o rabo mexia...

Acho que, a partir de agora, bichanos serão proibidos na minha casa... PELO IBAMA!

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