segunda-feira, março 07, 2005

UNPRETTY

Vinícius de Morais certa vez disse: "que me desculpem as muito feias, mas beleza é fundamental". Não chego a concordar com tal afirmação porque aprendi - com Roberto da Matta, inclusive - que absolutamente tudo na vida é relativo. Logo, o conceito de beleza é algo que varia de acordo com a pessoa ou mesmo em cada pessoa em determinadas épocas. O que eu acho bonito pode ser considerado feio por outras pessoas. E, como dizia vovó, "quem ama o feio, bonito lhe parece"!

Mas tem gente que realmente abusa da feiúra! Não que eu seja algum exemplar de beleza masculina, mas sou bastante aproveitável! Mas tem pessoas que pediram pra ser feias no Vale do Eco ("eu quero ser feio... feio... feio... feio... feio")! E no mês passado, passeando com minha mãe pelo Rio de Janeiro, vimos um exemplar desses!

Eu e mamãe tínhamos acabado de comprar nossa comidinha e sentamos numa mesa da praça de alimentação do Nova América Omelete Shopping (o ponto de encontro das caléga tudo). Enquanto comíamos, avistei a criatura esquisita: o cara era muito alto, muito magro, muito desengonçado, usava um cabelo esticado, colado na cabeça, umas roupas pretas estranhas e justas, tinha um olhar vago e uma pele de gente morta (parecia aqueles caras morenos que não pegam sol há séculos e ficam com um tom de pele esverdeado, sei lá). Visão do inferno! Só que ele parecia com alguém e eu não conseguia lembrar quem era. Até que, ao comentar isso com mamãe, ela sentenciou:
Mãe do Andreh: - Ele parece com aquele mordomo da Família Addams!

Quase morri engasgado, de tanto que eu ria. Não apenas pela comparação maldosa com o o Tropeço (o tal mordomo), como pela percepção de que a minha maldade é genética! Ate tu, mama?! Eu não mereço isso!

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