sexta-feira, abril 01, 2005

SORRISO COLGATE

Maria Paula - ou Polinha, para os amigos - é linda, meiga e intensa. Tem 26 anos e é formada em Engenharia de Telecomunicações. Antes de trabalhar nessa grande firma de telefonia, ela passou por uma coisa que a grande maioria de nós também já enfrentou (ou ainda enfrenta): o desemprego. Sua busca por um trabalho, desde antes de se formar, envolveu uma série de entrevistas, provas, testes, avaliações e, é claro, em se tratando da Polinha, tinha que render uma história daquelas que a fez pensar: "isso só acontece comigo"!

Certa vez, Polinha teria que passar por um processo seletivo em uma empresa que ficava nos cafundós do Judas, na Avenida Brasil, perto de... MARTE (ou de Austin, o que for mais longe)! A entrevista estava marcada para as 13h. Como sabia que iria ficar nervosa, pediu ao pai para levá-la de carro lá na empresa.

No dia da entrevista, para relaxar, Polinha resolveu ir a praia e acabou se atrasando para chegar em casa. Teve que fazer tudo às pressas: tomou um banho correndo e almoçou às pressas, saindo o mais rápido que pode sob a pressão do pai! Seguiram a toda velocidade pela Av. Brasil até chegar no local indicado.

Polinha correu até a recepção. Toda sorridente, pediu informações e foi muito bem tratada e direcionada para a sala da entrevista. Entrando na sala, ela se depara com um cara que - segundo ela - era o homem mais bonito e charmoso do planeta. Um homem de vinte-e-alguns anos, alto, bonito, com um corpo bem definido, com cabelos bem penteados, um terno sóbrio, um sorriso encantador. Polinha derreteu na hora! Ela era toda sorrisos! Enquanto o homem, de maneira muito simpática, conduzia a entrevista, Polinha já se imaginava num futuro feliz, casada e cheia de filhos lindos feitos com este homem (que, segundo o delírio dela, era uma máquina de sexo gostoso).

Após esta etapa da entrevista, a sorridente Polinha foi encaminhada à entrevista com a psicóloga do RH da empresa. Na sala, deparou-se com uma mulher de quase trinta anos, também simpática. A identificação entre ela e Polinha foi imediata e ambas conversaram bastante. Polinha já tinha ganho o dia: conversou com um cara lindo, ganhou a simpatia da psicóloga e já estava ficando feliz, achando que o emprego seria dela. A própria psicóloga disse que queria muito que a Polinha entrasse na empresa, porque havia poucas mulheres lá e ela precisava de nvoas amigas! Com um sorriso de satisfação, ainda ficou sabendo pela psicóloga que o rapaz bonito que a entrevistara era o filho do dono da empresa. Era tudo que ela precisava: bonito, charmoso, gostoso, máquina de sexo, bom papo e RICO!

Ainda com um sorrisão no rosto, Polinha foi encontrar seu pai no estacionamento da empresa, para poderem voltar a Copacabana. Ao ver seu pai distraído, Polinha resolveu surpreendê-lo. Pulou, do nada, de sorriso aberto, na frente dele:
Polinha: - Cheguei, papaizinhooooooooooo!
Conde, pai da Polinha: - Minha filha... que casca de feijão é essa no seu dente?

O mundo de sonhos de Polinha desfez naquele momento: UMA ENORME CASCA DE FEIJÃO ESTAVA GRUDADA EM SEU DENTE DESDE QUE ELA SAÍRA DE CASA! A menina ficou tão arrasada que até hoje culpa a maldita casca de feijão por não ter conseguido o emprego (nem o marido lindo, charmoso, gostoso e rico)... :P

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