quarta-feira, junho 08, 2005

ALEGRE - dia 04: Today is the last day

No sábado, já acordei com aquela sensação de que eu tinha que aproveitar tudo ao máximo, afinal, era nosso último dia em Alegre! Sabe aquela coisa meio Chico Buarque: "amou daquela vez como se fosse a última / beijou sua mulher como se fosse a última / a cada filho seu como se fosse o único"? Então, nesse dia eu me joguei mesmo! Nem quis saber de tirar soneca no fim da tarde!

Seguimos o mesmo esquema dos dias anteriores e ficamos passeando por Alegre, entre as praças e por pequenas ruas tortuosas, repletas de gente bonitas. E de gentes malucas, mas isso merece uma reflexão (e um post) à parte.

Esse dia foi o dia que tiramos pra gastar mais $$$ do que de costume. Almoçamos num boteco que tinha um buffet variado e muito gostoso. O preço? Apenas R$6,99! E foi mais caro que os outros almoços, que custaram em média R$4 - quentinha salva! Me impressionei com o preço das coisas por lá. Mesmo no parque de exposições, os preços nem eram tão absurdos: refrigerantes entre R$1,50 e R$2, caldo de cana com pastel à R$1,50, doces de 50 centavos, caldo de feijão e arroz de carreteiro entre R$2 e R$3, 500ml de água a R$1! Nas ruas, alguns desses itens ainda eram mais baratos. Encontrei ambulantes que vendiam óculos escuros super estilosos a R$5. Só não comprei porque não achei nenhum que eu quisesse muito!

Voltamos pra casa cedo e eu tava na expectativa de ir logo pro parque de exposições. Além do Ralph e do Júnior, foram conosco o Maurício e o Fábio, dois amigos dos meninos que foram de Campos pra Alegre apenas naquele último dia. Aliás, sempre saíamos com umas amigas do Júnior que eram super-divertidas: a Fabíola, a Talita e a Liliane! Figuraças! Me apaixonei pela Talita no momento que a vi (mas só tomei toco)! E nós cantamos parabéns pra Fabíola várias vezes na sexta-feira! E, de sacanagem, cantamos no sábado também.

Fora que o Júnior mais parecia vereador: SEMPRE encontrávamos algum amigo ou conhecido ou mesmo um parente dele. Mas eu nem posso reclamar: encontrei um monte de pessoas conhecidas, de Campos, que eu já não via há anos (Mari, Gisele Picanço, Rodrigo Delegado, Leo). Até um rapazinho que faz fisioterapia no mesmo lugar que eu estava por lá, foi muito engraçado! Ele estava no mesmo 'hotel' que eu e passei um tempão tentando lembrar de onde eu conhecia aquele garoto, até que ele veio falar comigo! Ô, cabeça!

1º show: NEY MATOGROSSO
Chegamos às 22h em ponto e eu fiquei tenso pra ver esse show, com Pedro Luís e a Parede. Amei, amei, amei. Fiquei tão emocionado quando Ney cantou "Sangue Latino" que até chorei! Mas foi pouco, tá! Acho incrível o domínio de palco que ele tem, parece que realmente nasceu pra brilhar. Fora que a presença de Pedro Luís e a Parede só abrilhantou mais ainda o show - que acabou com um gostinho de quero mais! E Pedro Luís é um puta letrista! Ney é uma bicha invejosa: o dentinho era separado como o da Madonna, as roupas estranhas como as da Cher e as dancinhas malucas como as da Shakira... mêda!

2º show: ENGENHEIROS DO HAWAII
Nem gosto tanto assim, conheço apenas meia dúzia de refrões de músicas, de tanto que elas ecoaram na minha cabeça no final dos anos 80... mas ficamos lá durante o show por causa do Ralph, amante absoluto do grupo. O engraçado é que o Humberto Gessinger era o único músico no palco da formação original dos Engenheiros do Hawaii. Será que ele detém os direitos do nome da banda ou quis capitalizar pra si mesmo em cima de um nome conhecido? Bem, o show foi legal, mas meio "nhé"...

3º show: O RAPPA
Choveu pencas, muito mesmo, mas eu tava lá, encharcado, porém pulando como um louco! Acabou com o efeito da minha chapinha - que eu já tô tão craque em fazer em mim mesmo que realmente parece que meu cabelo é daquele jeito! Tá, a diferença dele com e sem chapinha é apenas de volume, mas quem liga? Falando em "ligar", de 5 em 5 minutos, ou seja, a cada mudança de música, eu telefonava pro meu irmão Felippe ouvir o show! Ele é fanático pela banda e queria muito estar curtindo esse show com ele... Agora, só quero ver o valor astronômico da minha conta de celular!

4º show: ASA DE ÁGUIA
Eu já não sou fã de música baiana e afins, e também estava cansado... então, me parece que fiquei SÉCULOS esperando pra tocar "dança da manivela", até que, às 4h30, me cansei mesmo e fui embora sem ouvir a única música que eu queria ouvir.

Me assustei quando cheguei no "hotel" e a chave do quarto não estava na recepção. Nem achei a Gegê Mercenária - apelido 'carinhoso' que demos pra gerente do "hotel", que nos extorquiu rios de $$$ - pra perguntar o que houve. O quarto estava aberto e a luz apagada! Mêda! Quando acendi a luz, me deparei com o Júnior lá, no milésimo sono! E eu jurando que ele tinah ficado com as amigas dele no meio da muvuca do show do Asa de Águia! E o pobre do Ralph ficou lá no parque de exposições, sentadinho na arquibancada, só só somente só, esperando o Júnior aparecer. Tive que ligar pra avisar a ele que o Júnior estava no quarto... Aposto que, se ele não estivesse tão cansado, teria ficado puto da vida! Hahaha!

Aproveitei a madrugada pra arrumar minha mala, enquanto o Ralph teve a brilhante idéia de fazer pesquisa de preços em outros 'hotéis' da cidade. Dizer que eu dormi nesse dia é sacanagem da minha parte. Nosso ônibus de volta pro Rio era às 9h30. Como o Júnior ia de Alegre para Campos, o horário dele era diferente. Acordei-o às 7h e, daí, eu fui dormir, muito mal preparado para deixar pra trás aquela ótima e nova experiência antropológica...

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