quinta-feira, junho 30, 2005

SONHOS DE UMA NOITE DE VERÃO

Como bem lembrou a Sabrina, lá pelos idos de 1999, a gente fez uma micro-excursão. A gente cursava uma disciplina optativa bem maluca e divertida: "Brasil Indígena"! Era muito legal! Estudávamos as possíveis teorias da chegada dos 'índios' ao 'Brasil', os diferentes grupos indígenas, suas rotas migratórias, seus hábitos e costumes, como eles foram dizimados e 'aculturados' através dos tempos etc.

Daí que, em junho, houve o I Congresso Indigenista no Rio de Janeiro, um evento com 4 dias de duração a ser realizado na Quinta da Boa Vista! Uma oportunidade única para nós, alunos da disciplina, viajarmos pro Rio com um bom pretexto e às custas da faculdade.

O problema: a faculdade custeava apenas as nossas passagens. Gastos com estadia e alimentação seriam por nossa conta! Ok, então resolvemos que iríamos a apenas UM dia do evento. Sendo assim, viríamos ao Rio e voltaríamos a Campos no mesmo dia! Loucura!

Como o congresso começava cedo, por volta das 8h da manhã, nós resolvemos sair de Campos de madrugada. Ou seja, praticamente ninguém dormiu porque pegamos o ônibus das 3h da manhã! Chegamos no Rio pouco antes das 7h da manhã, tomamos café em algum boteco ridículo da Rodoviária Novo Rio (a.k.a. Sucursal do Inferno) e rumamos pra Quinta da Boa Vista.

Agora, imaginem: vocês dormiram apenas as 4 horas de viagem de ônibus - se é que dormiram isso tudo, devido à excitação da viagem - e chegaram num lugar lindo, se enfiaram numa sala escura de palestra sobre índios... adivinhem o que aconteceu? Sim, TODO MUNDO DORMIU EM ALGUM PONTO DA PALESTRA! A sono aberto mesmo! Vergonha, vergonha, vergonha! O pior é que, além de dormir, EU TAMBÉM BABEI HORRORES! Isso só aocntece comigo!

Resolvemos, então, tirar parte da tarde de folga e aproveitar as belezas que a Quinta da Boa Vista tinha pra nos oferecer. Só não entramos no Museu porque estava fechado para reformas.

O detalhe bizarro foi o seguinte: nós passamos o dia inteiro falando mal de uma professora da faculdade que era muito chata e encrenqueira! E feia como um acidente de avião. O pessoal que tinha aula com ela deveria, naquele dia, estar estudando pra prova da maldita no dia seguinte! Nós tínhamos uma lista com mais de 100 apelidos pra ela, tais como "Sereia do Valão", "Paquita do Inferno", "Sargento Megera", "Mocréia Coadjuvante" etc. Daí que, às 21h, (des)confortavelmente instalados dentro de um ônibus da 1001 e fazendo algazarra, eu viro e falo: "gente, já pensou se a 'mocra' entra nesse ônibus?". Dito e feito: em meio segundo, a gente vê os cambitos dela e seu cabelo palha-de-aço-dourada adentrando o ônibus! Ô, boca! Por que eu não ganho um milhão de dólares quando eu peço?

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